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segunda-feira, 20 de setembro de 2010

Inclusão Social:Compromisso do Cristão e do Homem de Bem ( Continue lendo...)

Maria Inês  Machado  
O dia amanhece convidando todos os habitantes da Terra a participarem da vida a qual se renova com promessas de dias melhores, construídos a partir da renovação de idéias, de atitudes solidárias... enfim, do compromisso do homem  com o seu  semelhante, na promoção da dignidade, da justiça e da paz.
Mas o mundo tem pressa e as pessoas correm na ânsia desmedida de ganharem dinheiro para adquirir bens materiais, na suposta ilusão de assim preencherem o vazio deixado pelas mãos inoperantes da prática do bem, na omissão cômoda os quais são fieis condutores  da  existência atual.
A sociedade contemporânea, marcada pelo consumismo,hedonismo e narcisismo convida os seus integrantes aos shoppings, aos restaurantes de iguarias variadas, às concessionárias as quais estão repletas de carros, do mais simples ao último modelo, entre outros atrativos; ao prazer das relações imediatas e descartáveis e ao enquadramento dos “padrões de beleza” elegidos pela insanidade.
Neste contexto, o homem tem medo de mostrar-se, de vivenciar emoções edificantes, vez que isto é sinônimo de fraqueza.  Assim, nesta corrida desenfreada, ele busca “Ter” esquecendo que “Ser” é mais saudável e necessário para ampliar a visão do mundo onde se encontram os excluídos, os chamados “Deserdados da sorte”.
Será que são realmente “deserdados da sorte”? Talvez outra expressão definiria melhor : “Os esquecidos, deixados à margem da sociedade pelo egoísmo do homem.”
O mundo precisa compreender que o momento não é mais de ações paliativas e sim de atitudes mais consistentes, permanentes.
Jesus quando aqui esteve deixou-nos um legado significativo: o seu Evangelho. Ele acredita e confia na renovação do ser humano, a partir da observação dos seus ensinamentos.
 Ele acolheu a todos, escreveu na areia as faltas dos presunçosos quando queriam apedrejar a mulher adúltera. Escolheu para seus discípulos homens simples, do povo. Quando inquirido pelo doutor da lei que desejava saber o “que é preciso fazer para possuir a vida eterna”  Ele relembra o que está mesmo escrito na lei:  “Amarás o Senhor teu Deus de todo o coração e a teu próximo como a ti mesmo”. Ainda respondendo a indagação do doutor da lei: “E quem é o meu próximo?” Ele relata a parábola do Bom Samaritano : “Um homem sem nenhuma identificação de raça, nacionalidade ou condição social, é ferido e assaltado por ladrões que o deixam caído na estrada em estado de extrema necessidade. Passam por lá um  sacerdote, um levita e um samaritano, mas somente o samaritano o assiste em suas necessidades”. O doutor da lei conclui que o próximo daquele homem  foi o que agiu com misericórdia para com ele. E Jesus acrescenta: “ Então vai e faze o mesmo”.
Estamos vivenciando um novo tempo. E o que precisamos implementar para materializar esta nova era? Elaborar modelos de sistemas econômicos, políticos sofisticados? Avançar mais nas conquistas tecnológicas?
O panorama atual demonstra que o homem avançou consideravelmente nessas conquistas materiais, em detrimento da sua evolução moral que caminhou lentamente.
Urge, portanto, um novo olhar, um fazer diferente. É preciso compreender que o egoísmo, “esta chaga da humanidade”, precisa ser abolida da Terra, e isso só será possível quando o homem compreender o processo de educação voltado para o aspecto mais profundo do ser, com a lapidação do espírito, conduzindo o homem à humanização, à compreensão de si mesmo e  do seu próximo no seu mais amplo aspecto.
Dentro desta perspectiva, não há mais espaço para a comodidade do individualismo, do conformismo, atribuindo à sorte e aos outros fatores utópicos as mazelas provocadas pelo próprio homem que numa luta desigual contribui para ofuscar o seu irmão, iludindo-o com a idéia de que o sistema econômico e social vigente oferece igualdade de oportunidades  para todos.
O tempo é hoje. “Quem sabe faz a hora não espera acontecer”. Os nossos irmãos excluídos convocam a sociedade, gritam por justiça no silêncio dos seus corações. Expressam no olhar, nos gestos a certeza das suas convicções bem estruturadas, grafando  na bandeira que ostentam, construída pelo sofrimento da discriminação, palavras que só vêem os que têm “olhos de ver”. Bradam  pela  inclusão numa sociedade que lhes pertencem, por uma vida digna, mas  só escutam este grito os que têm “ouvidos de ouvir”. Enfim, nas suas lutas de guerreiros, “aparentemente derrotados”, esperam uma leitura diferente de todos os que se dizem cristãos, independente da religião que professam, para que, unidos  lutem por uma sociedade mais justa, mais fraterna e mais solidária.
A inclusão social é, portanto, compromisso de todos que levantam mais alto a bandeira da fé, articulada com as ações,independente do credo, pois, como dizia Paulo, o Apóstolo: “A fé sem obras é morta”.
                     
 

E Deus Fez a Mulher (Continue lendo...)

                                      Maria Inês Machado

Mulher, teu nome  encanta os artistas e eles expressam a tua beleza  nas letras das músicas, nas pinturas, nas poesias  e em tudo onde o belo, o maravilhoso está presente.
A cada dia  distribuis a tua tarefa na exigüidade do tempo, encontrando no teu roteiro de vida espaço para os diversos papéis que desempenhas como mãe, companheira e profissional .
Na maioria das vezes incompreendida num mundo, no qual as leis são elaboradas pelos homens, mas não desanimas comprovando a tua superioridade e dignidade ante as injustiças impostas.
Com garra e  determinação conseguistes, através dos tempos, não apenas provar, mas nascer e renascer na alma, em espírito, o doce frescor de ser mulher que batalha, ama e  conquista.
Mulher, conquista o teu espaço, mas lembra que ele é permeado de valores enobrecedores da alma.
Caminhas, mas te lembra que nesta caminhada as rosas jogadas aos teus pés podem ter espinhos... olha-as e sentes o perfume que exala te convidando à vida com responsabilidade de ação.
Ministra os teus conhecimentos por onde passares, lembrando-te de que o rastro deixado constitui-se em passarela permanente para a vida futura...
Conquistas a tranqüilidade no cabedal sublime das ações enobrecedoras, sinalizando diretrizes para uma educação que liberta,  , vencendo tempestades íntimas, na esperança de um porvir diferente.
Este porvir transforma-se de sombras e incertezas em arco íris translúcido, indicando novos horizontes e certezas comprometidas com o Bem e a Verdade que liberta.
Tens a  energia que envolve os cansados de lutar pela vida, em conquistas aparentemente salutares, mas que na realidade amargas quando não construídas com dignidade.
Mulher, criatura de Deus, vinda do infinito para amar, ser amada e conquistar espaços significativos, ajudando a construir uma sociedade redentora com promessas de dias felizes, incorporados pela benção da vida que nasce e renasce de um corpo feminino. Corpo esse que não é frágil, mas forte como a soma  dos cristais que brilham e encantam pela singeleza da transparência.
Neste teu dia, dedicas um minuto do teu tempo para compartilhar com as que te precederam e entregaram-se de corpo e alma a uma luta desigual e que contigo estão vibrando no mundo espiritual para que este espaço conquistado com suor, sangue e raça simbolizem a dignidade de ser mulher, criada por Deus para a doação da vida que não se extingue com a morte.
Mulher,  quando olhares no infinito e perceberes a ausência do Sol  e a formação de nuvens densas tentarem encobrir o teu rosto, eleva o teu olhar ao Criador com fé e confiança e Ele fará jorrar bênçãos de paz e luz porque o teu pensamento é sintonia com a divindade que te criou para amar, amar e só amar...

                                            

E AGORA POR QUE TE DETÉNS? ( Atos:22:16)(Texto publicado na Revista " Presença Espírita) (Continue lendo...)


                       Maria Inês Machado

             Esta expressão de Ananias dirigida a Paulo, nos conduz a profundas reflexões, no tocante ao trabalho da Evangelização Infanto-Juvenil.  A opção do trabalho com as crianças e com os jovens nos remete à responsabilidade, implicando no compromisso com o Evangelizando, com a casa, a causa, e, consequentemente, conosco mesmo.
            Convém, assim, perguntarmo-nos: O que estamos fazendo e como estamos executando o trabalho que nos foi confiado? Qual o investimento pessoal para que este trabalho não se torne apenas mais uma atividade na Casa Espírita? Qual a minha concepção de mundo, vez ela refletirá na minha prática pedagógica. Quais os recursos psico-pedadagógicos que estão ao meu alcance; e como estou utilizando-os? Qual o sentimento que me envolve na relação com este trabalho? Que tipo de relacionamento estou estabelecendo com o jovem e a criança a que me foram confiados?
            Jesus, o profundo psicólogo das almas, lidava com as diferenças: os seus discípulos, homens ainda a caminho no processo de evolução, demonstravam no cotidiano as nuances dos seus temperamentos. Mas Jesus sabia lidar com cada um deles.
            Assim, longe de querermos ter a mesma habilidade do Mestre, no que se refere ao conhecimento da intimidade do ser, temos o dever de buscá-lo, a fim de que possamos desenvolver o nosso trabalho com mais serenidade, uma vez que O elegemos como guia e modelo da humanidade, como nos apresentou o Livro dos Espíritos na pergunta 625.
            Por outro lado, não podemos perder de vista vasta bibliografia na área da psicologia e da pedagogia as quais nos apontam diretrizes e técnicas para o desenvolvimento do trabalho da evangelização. Porém as dificuldades  que surgem em cada Instituição merecem ser focalizadas dentro das suas especificidades.Pois se assim não procedermos, cairemos no desconforto de aplicarmos estratégias distantes da realidade do Educando.
           

             Todas as técnicas e procedimentos que facilitam o processo de ensino/aprendizagem são louváveis, entretanto não se pode esquecer que o processo é de evangelização, de educação do ser imortal que está adquirindo e desenvolvendo competências, não apenas para o presente, mas também para o futuro. A formação de caracteres exige do evangelizador mais que técnicas frias e sofisticadas pois podem ser inconsistentes  por mais atrativas que possam parecer. Se estas técnicas não atenderem a profundidade do ser imortal, são quimeras que se esvaziam  no decorrer dos tempos. Por isso devemos estar atentos,  com toda esta parafernália de  modismos que estão sendo oferecidos ostensivamente e/ou de forma camuflada às Casa Espíritas. Educar é um ato de amor e precisamos estar atentos ao  sentimento que desabrocha no nosso ser, para não oferecermos aos nossos jovens e crianças outros caminhos que não sejam aqueles apontados pela Doutrina Espírita
            Toda proposta renovadora deve ser atenciosamente analisada, a fim de que não caíamos nas distorções que aprisionam o ser nos dogmas superficiais. Por diversas vezes, nas nossas vidas mal vividas, já estacionamos e/ou nos aprisionamos, algemando também outras consciências .Portanto o momento é de vigilância permanente, compreendendo que Espiritismo é renovação de almas para a prática do Bem.
            Hoje vislumbrando um cenário diferente, desejamos semear as rosas perfumadas do Evangelho, e não mais  cultivar os  espinhos da vaidade   para isto, oferecemos  o solo fértil da nossa boa vontade, mas só ela não é suficiente , a boa vontade deve vir subsidiada de determinação, de garra e do desejo permanente de não abandonar a ferramenta.. Por isso, quando surgirem as primeiras dificuldades, lembremos das     indagações de Jesus aos seus discípulos; “Que buscais? Cap. XVIII – item 10 e segundo Emmanuel esta  indagação no presente é direcionada a todos os “lidadores do Espiritismo, diante da Boa Nova renascente no mundo”. E esta interrogação de Jesus  chega ao  servidor da evangelização infantil,  como “um brado de alerta relativamente ao rumo escolhido para a sementeira de luz.”
            .O Espiritismo desponta este ano com 150 anos, e isto implica em maior cota de responsabilidade, não podemos mais nos deter no caminho como outrora, para apreciarmos “o canto da sereia” que aguça a vaidade  nos envolvendo por práticas contrarias aos postulados da Doutrina Espírita.
            A Federação Espírita Brasileira, oferece  sem imposição às casa espíritas,  material  que podem subsidiar o trabalho da  Evangelização Infanto - juvenil. Este material é respaldado na Doutrina Espírita e nas modernas teorias psicopedagogicas. Sem a intenção de ser uma “cartilha” que deve ser seguida a risca, constitui-se num roteiro seguro que pode ser aplicado, fazendo as devidas adaptações  à realidade das  diversas Instituições Espíritas.    
                        O processo de evangelização da Infância e do Jovem requer de todos nós formação continuada.Por mais tempo que estejamos desenvolvendo este trabalho, não nos sintamos prontos. A cada dia nascem e renascem crianças com novas modalidades de exigências. Assim, não podemos permanecer estacionados nas nossas práticas retrógradas.
            Jesus teve como templo a natureza, e até hoje o tempo não apagou os seus ensinamentos.porque as suas palavras penetravam na alma humana.  Quanto a nós escolhemos trabalhar desta ou daquela maneira e quando para nós as condições não são favoráveis recuamos e nos desculpamos com afirmativas evasivas do tipo: A casa espírita que estou vinculada, não me oferece condições de trabalho; È eu tentei, mas é impossível trabalhar com crianças e/ou jovens que não oferecem a mínima condição de aprendizagem, são apáticos, não demonstram interesse... No nosso ponto de vista são crianças que não aprendem, não assimilam o conteúdo que desejamos passar, porque não preenchem os requisitos que nós estabelecemos. E assim  ficamos detidos na incompreensão do verdadeiro sentido da evangelização. E nestes momentos vale a pena nos perguntar: o que desejamos fazer com estas crianças ? com estes jovens? Será que estamos realmente imbuídos do desejo de colaborar com Jesus, no despertar de consciências?.            
            Na maioria das vezes ainda nos encontramos arraigados a velhos paradigmas. Ontem legisladores de gabinetes, de teorias mortas. E hoje? Desejamos permanecer engessados  nesta postura?
            As condições propicias  para o processo de evangelização da criança e do jovem, somos nós que construímos.
             Não adianta desenvolvermos as mais sofisticadas técnicas que a pedagogia, a psicologia nos oferece, se não desenvolvermos no íntimo do nosso ser o sentimento do amor, materializado na forma como vamos lidar com o nosso evangelizando.
            A relação Evangelizador/Evangelizando é permeada por diversas questões, é nesta relação, na sala de aula, que ocorre a aprendizagem. Portanto devemos verificar  o que desejamos passar para os nossos evangelizandos. Mas não apenas  em conteúdo  e sim na sua formação  como um todo.
            Geralmente,desenvolvemos no nosso imaginário  uma sala de aula uniforme, sem problemas, no qual vamos  dando o conteúdo, e o receptor, o evangelizando, vai  assimilando. Entretanto, o jovem, a  criança não são  simples receptores de informações que devem ser decodificadas e depois fornecidas em respostas prontas.
             Não podemos perder de vista,que tratamos com pessoas, e nada mais desigual tratarmos diferentes como se fossem iguais. Cada criança, cada jovem têm as suas peculiaridades. O processo de formação da personalidade não é igual para todos, apesar de terem  fases semelhantes. Neste processo estão presentes condições diversificadas que merecem  um olhar clinico, a fim de que possamos desenvolver o  trabalho, respeitando as diferenças.
            Ainda no nosso imaginário existem outros aspectos que catalisamos como obstáculos, isto ocorre, quando trabalhamos com crianças da periferia. Desenvolvemos a concepção que estas crianças o/ou estes jovens não são capazes de apreender e/ou construírem  conhecimentos  pois   oriundas de classes sociais socialmente carentes não oferecem as condições necessárias que conduzem a aprendizagem.  Passamos então a fazer  comparações. No centro x e/ou y as coisas funcionam, porque os evangelizandos não nasceram na periferia, são conduzidos á aula da evangelização pelos seus pais , que têm uma  boa situação sócio econômica, estes sim,  são jovens e crianças mais fáceis de se trabalhar, porque oriundas de bons colégios demonstram na sala de aula as suas capacidades de entendimento ao nosso ver, melhores que aqueles outros de classes sociais menos favorecidas. E partimos para as conjecturas, quando a solução seria analisarmos a situação presente, e desenvolvermos estratégias que atendessem a situação analisada.
            Não podemos subestimar a capacidade dos nossos evangelizandos, nem tão pouco improvisarmos, achando que para aquele tipo de criança e/ou jovem que estamos atendendo qualquer coisa serve.
            Existindo a dificuldade, cabe ao evangelizador desenvolver estratégias que alcancem o nível dos alunos na sala de evangelização.A criança e  o jovem  solicitam o nosso concurso, os mentores espirituais estão a postos aguardando o nosso compromisso com o trabalho. Mas  por acharmos que lidamos com crianças e/ou jovem cujo nível de exigência não e igual aquele outro, que ao nosso ver sabe mais, preparamos qualquer coisa, ou nem preparamos. Chegamos na sala e jogamos o assunto, apresentando uma  aula expositiva e cansativa, explorando a nossa memória nos conhecimentos que já adquirimos, porque o que prevalece é o improviso. E chegamos ao final da aula com a sala desmotivada, silenciosa ou indisciplinada, porque a indisciplina na sala de aula tem parceria com aulas monótonas.
             E assim, caminhamos sem nos preocuparmos em avaliar a nossa postura, a nossa disponibilidade e acima de tudo o nível de compromisso com o trabalho que assumimos.
Isto quando não desistimos no caminho ou alternamos os dias de aulas com as nossas faltas freqüentes.
            Mas aí fica a pergunta: o que podemos fazer para não nos determos no caminho?
            A Doutrina Espírita  nos oferece as respostas através da rica literatura  que chega até nós em forma de convites permanentes vejamos: “ ...É pela educação que as gerações se transformam e aperfeiçoam... Uma boa educação é, rara vezes, obra de um mestre. ...Para despertar na criança as primeiras aspirações ao bem, para corrigir um caráter difícil, é preciso às vezes a perseverança, a firmeza, uma ternura...”  Leon Denis;
...”Mestres e educadores, preceptores e pais colaborem, ao lado uns dos outros, em meio às esperanças do Cristo, dinamizando esforços em favor de crianças e jovens, na mais nobre intenção de aproximá-los de mestre e Senhor, Jesus...”Guillon Ribeiro.
“Estamos, filhos, vendo os primeiros resultados da campanha de evangelização Espírita Infanto juvenil no Torrão brasileiro... Não importa o vento adverso, a tempestade, ou a fagulha que destrói, há sempre a flor da Esperança—a luz divina do Coração Celeste que abençoa, renova, acerta,restaura, aduba, fortifica,”  Bezerra de Menezes.
“...Evangelizemos nossas crianças, espíritos forasteiros do infinito em busca de novas experiências, à procura da evolução espiritual...” Bezerra de Menezes
“Ao servidor da evangelização infantil, surge a interrogação do Divino Mestre qual brado de alerta relativamente ao rumo escolhido para a sementeira de luz.” Emmanuel


            Diante dos diversos convites que nos chegam através dos arautos do Plano Espiritual, prossigamos, com destemor. Não vamos no deter no caminho, embriagados pelos cantos das ilusões do mundo. Já é tempo de  fecharmos   a gaveta do desânimo e renovarmos as nossas energias com o Sol da perseverança. Não existe mais espaço para desculpas, para a  ausência da tolerância nos nossos relacionamento, os quais na maioria das vezes usamos como  desculpas para o nosso afastamento.
            Lembremos o que nos afirma o espírito Vianna de Carvalho “ O futuro da evangelização Espírita é semelhante ao do Sol, que diariamente percorre o zimbório celeste espalhando luz...E quando qualquer sombra o atemoriza, logo mais, ei-lo de volta.”
            Assim, quando a sombra da desânimo quiser nos agasalhar, busquemos o Sol do Evangelho de Jesus, o grande educador das almas, que nos convida diariamente a seguir os seus passos, nos oferecendo a oportunidade do trabalho.
            Observemos a afirmativa: “... arme-se a vossa falange de decisão e coragem! M/aos à obra! O arado está pronto; a terra espera; arai!” O Espírito da Verdade ( O Evangelho Segundo O Espiritismo – Cap.XX)


                                                                                                   

quarta-feira, 15 de setembro de 2010

Obras de Leonardo Machado

O Jovem escritor, compositor e palestrante espírita Leonardo Machado já lançou dois livros: "Quando a Terra Imita os Céus" e " A Sabedoria de Sócrates e o Cristianismo Redivivo. Lançou também 05 cd's. Você pode adquirir as suas obras na Federação Espirita Pernambucana, Livraria Saraiva,Livraria Cultura,Loja Gramophone do Shopping Center Recife, loja da TVCEI e/ou através do e-mail:lilianemoreno82@gmail.com. Toda a renda para Obras Assistenciais.











 



sexta-feira, 10 de setembro de 2010

Mediunidade e auto estima (Continue lendo...)

Maria Inês  Machado

O desenvolvimento do ser humano não acontece ao acaso, antes é um processo que ocorre ao longo da vida e que não cessa com a velhice, pois de alguma forma estamos sempre aprendendo coisas novas que, incorporadas ao nosso “eu” espírito, fortalecem-nos e/ou nos fragilizam, a depender da forma como lidamos com estes conteúdos incorporados.
                                                                         
Um dos fatores determinantes do comportamento humano é o conceito que a pessoa faz de si mesma. Se esta se percebe como capaz, isto irá refletir no seu comportamento. Por outro lado, se a pessoa se percebe como incapaz o seu comportamento vai girar em torno deste autoconceito.

O autoconceito é formado pelas crenças, atitudes, percepções e impressões que o individuo tem de si mesmo. Ele vai sendo formado ao longo da vida. Inicia-se na infância, quando a criança, na convivência com os pais, com os professores e com os adultos vai fazendo afirmativas sobre ela as quais vão sendo incorporadas como verdadeiras.

Neste processo, o autoconceito vai emergir das aprendizagens realizadas. A autoimagem que a pessoa faz de si mesma vai refletir na sua autoestima.

A pessoa que desde criança, no lar, na escola, ou na convivência, foi incorporando as afirmativas negativas e os rótulos, pode desenvolver um processo de baixa autoestima que, se não for trabalhada, poderá prejudicar o seu desempenho nas diversas atividades que desempenha, pois os seus pensamentos, as suas atitudes e as suas ações vão girar em torno do conceito que tem de si mesmo.

A mediunidade é a faculdade que oferece os mecanismos necessários para que a pessoa possa entrar em comunicação com o mundo espiritual. É uma atividade que no seu processo de desenvolvimento requer o autoconhecimento, a fim de que possa ser desenvolvida a autoconfiança, um dos requisitos imprescindíveis no êxito de qualquer trabalho.

Na medida que a pessoa se reconhece como capaz e reconhece a mediunidade como um instrumento valioso de intercâmbio espiritual, ela passa a estabelecer metas, visando o seu aprimoramento, e, conseqüentemente, constitui-se num instrumento afinado do qual os espíritos poderão utilizar-se para os diversos objetivos edificantes relativos à pratica mediúnica. Por outro lado se a pessoa tem uma autoestima reduzida, provavelmente ela passará a alimentar sentimentos de menos valia, os quais serão observados pela espiritualidade menos esclarecida que sintonizada com os pensamentos de pessimismo e derrotismo induzirá o medianeiro ao desestímulo, fazendo-o desistir da sua meta, já que essa também não esta sendo solidificada na base do estudo.

Por outro lado, além disso, o candidato ao trabalho mediúnico, pode encontrar na Casa Espírita e no Movimento Espírita pessoas menos avisadas que por invigilância verbalizam sentenças infantis as quais alimentam nos médiuns iniciantes sentimentos de menos valia, através destas afirmações menos edificantes.

Portanto, torna-se necessário a todo trabalhador que se candidata ao trabalho da mediunidade com Jesus observar alguns pontos que irão ajudá-lo a conquistar a autoconfiança:

1. O que é o Centro Espírita?

“Uma Casa Espírita é uma escola onde podemos aprender e ensinar, plantar o bem e recolher-lhe as graças, aprimorar-nos e aperfeiçoar os outros, na senda eterna” (Emmanuel)

Analisando essa afirmativa é interessante verificarmos o que nos impulsionou a procurar o Centro Espírita? Qual é o nosso objetivo na Casa Espírita? Como está sendo o meu roteiro de estudo?

Jesus e Kardec são os dois pilares de toda e qualquer atividade espírita, portanto é imprescindível que os busquemos através do estudo, complementando os mesmos com as obras de André Luiz, de Joana de Angelis e de outras que lhe são subsidiárias. Estudemos, pois, as obras de Kardec e as obras complementares, pois assim ficará mais difícil cairmos nas malhas da ilusão e nas ondas do desalento.

2. “Aproxima-se o tempo em que se cumprirão as coisas anunciadas para a transformação da humanidade. Ditosos serão os que houverem trabalhado no campo do Senhor, com desinteresse e sem outro móvel, senão a caridade!”.

dias de trabalho serão pagos pelo cêntuplo do que tiverem esperado.”
O Espírito de Verdade - (Os Obreiros do Senhor - E.S.E.: XX - 5)

“Tomai, pois, por divisa estas duas palavras: devotamento e abnegação, e sereis fortes, porque elas resumem todos os deveres que a caridade e a humildade vos impõem”.
(“O Evangelho Segundo o Espiritismo” - Cap. VI – 8

Estas afirmativas de “O Evangelho Segundo o Espiritismo”, convidam-nos a verificar o nível de compromisso com o trabalho que desempenho.

3. “Senhor Jesus! (...) Faze-nos observar, por misericórdia, que Deus não nos cria pelo sistema de produção em massa e que por isto mesmo cada qual de nós enxerga a vida e os processos de evolução de maneira diferente”.
Emmanuel - (Psicografia de F. C. Xavier - CFN - “Reformador” fev./1973)

Através desta afirmativa de Emmanuel podemos fazer algumas reflexões: Eu faço comparações com outros médiuns que estão comigo na Casa Espírita? Estou recebendo palavras estimuladoras e/ou desestimuladoras? Como estou lidando com as afirmações que me chegam? Elas estão me ajudando? Eu filtro estas afirmativas ou elas estão reduzindo a minha auto-estima?

Sabemos que existem as diferenças individuais como nos afirma Emmanuel.
Isto implica dizer que somos diferentes, cada pessoa tem a sua forma especifica de caminhar e todos temos capacidades e limitações, todavia temos condições de superá-las e dar vôos mais altos. Não podemos sobrepujar as nossas capacidades, o que não implica prepotência e vaidade, mas consciência de que somos centelhas divinas destinadas à perfeição. O importante é partirmos para a ação, desenvolvermos a humildade, já que Jesus nos disse:“... porquanto todo aquele que se eleva será rebaixado e todo aquele que se
abaixa será elevado”. Jesus - (Lucas:XIV - 11 / E.S.E.: VII - 5)
Entretanto, não podemos, nem devemos, entender humildade como sinônimo de incapacidade, ou de acomodação, e ficarmos engessados, acorrentados nas idéias preconcebidas criadas por nós mesmos ou que nos são imputadas por companheiros que caminham conosco, imperfeitos como nós, necessitando também de ajuda.

Lembremos sempre que o nosso guia e modelo é Jesus e ele nos oferece o remédio eficaz para vencermos as nossas dificuldades, e os sentimentos de menos valia quando nos afirma no capitulo V do Evangelho de São Matheus : “vós sois deuses, podereis fazer o que eu faço e muito mais”, e ainda disse, “vós sois a luz do Mundo, brilhe a vossa luz”.

Diante de tudo isso, vamos partir para a prática mediúnica desenvolvendo um conceito positivo acerca das nossas possibilidades, sem exibicionismo, é claro, pois a mediunidade não representa um palco de espetáculo, entretanto não podemos deixá-la estacionada no nosso pessimismo e na nossa falta de confiança.

Caminhar sempre, estacionar jamais

               

Sofrimento/Alívio (Continue lendo...)

             Maria Inês Machado
As dores que julgamos insuportáveis são aquelas que machucam o coração. Elas surgem muitas vezes de forma inesperada e nos surpreendem.

Nesses momentos, nos sentimos sozinhos e, muitas vezes, tendemos a não acreditar nas possibilidades de encontrar uma saída.

É bem verdade que tristezas, decepções e aflições fazem parte do repertório do ser humano. Mas, nesses momentos, onde tudo parece escuro, nos quais pensamos não vislumbrar uma luz no Túnel, surge a esperança materializada na figura excelsa de Jesus e nos faz o convite: “Vinde a mim todos vós que estais aflitos e sobrecarregados que eu vos aliviarei, tomai de mim o meu jugo que é suave e o meu fardo que é leve e encontrareis repouso para as vossas almas”. Com essa certeza, sentimo-nos reanimados, com força para lutar e continuar acreditando na VIDA.

Todo mal é momentâneo. Existem remédios para todos os males. E os remédios para o corpo físico parecem agir com mais rapidez. Os analgésicos para a dor física fazem efeito em horas, e, às vezes, em minutos. Entretanto, quando não curamos a causa da dor orgânica, elas surgem após passar o efeito do sedativo.

A dor moral parece ser mais difícil de curar, todavia, quando descobrimos a causa, e tomamos o remédio certo, o alívio não é momentâneo e nos fortalecemos. E. quando ela surge novamente, sabemos como combatê-la.

Para todas as dores orgânicas, existe um remédio especifico, mas, para as dores da alma, existe um infalível. Ele materializa-se nos ensinamentos de Jesus, que veio há mais de dois mil anos, e nos ensinou a lei do amor.

Para sermos felizes, torna-se necessário o autodescobrimento. Isto implica a consciência de si mesmo, na percepção dos próprios sentimentos, conhecer o sentido da própria vida. Realizar uma avaliação realista e otimista das próprias capacidades e limitações de modo a desenvolver o auto-encontro gerador da auto-estima e da autoconfiança. Quando nos conhecemos, fica mais fácil agirmos com segurança neste emaranhado de situações que parecem ser destruidoras.

O Evangelho de Jesus nos sugere indicações práticas para buscar o autoconhecimento. Vejamos: “(...) O verdadeiro homem de bem é aquele que pratica a lei de justiça, de amor e caridade, na sua maior pureza. Se interroga a sua consciência sobre os próprios atos, pergunta se não violou essa lei, se não cometeu o mal, se fez todo o bem que podia, se não deixou escapar voluntariamente uma ocasião de ser útil, se ninguém tem do que se queixar dele, enfim, se fez aos outros tudo aquilo que queria que os outros fizessem por ele.”

(...)”felicitemo-nos pelo fato de já conhecer as nossas fraquezas e defini-las.(...) Com isso, já não mais ignoramos onde e como atuar em auxílio da própria cura e burilamento”.
Acreditando na força da vida, no poder que temos dentro de nós, de mudarmos situações aflitivas, vamos dizer assim:

“Senhor Deus, eu creio em Ti
Não posso te ver de perto
Meus olhos não têm tanta pureza assim
E se te amo com uma espécie de temor
Não é porque te temo é porque te respeito”(Niná)

Com a certeza da tua presença na minha vida
Entrego-me a Ti
Alivia as minhas dores
Morais e espirituais
Deixa-me beber, na bondade fecunda do teu coração,
A linfa bendita que sacia a fome e a sede de esperança, de confiança e de fé.
Permita, oh! Pai de infinita bondade,Que eu encontre em ti
O refrigério para a minha cabeça cansada e oprimida
Deitando-a nos teus ombros
Que, afagada pelas tuas mãos benditas,
Receberá Paz e conforto inauditos.
Pois elas terão o poder de soerguer-me
Deste emaranhado de dúvidas, incertezas e angústias.
Alivia, Meu Deus, o meu coração que sangra
Refrigera-o com a água bendita das tuas palavras amenas.
Nasci para ser feliz
E tenho a certeza que encontrarei em ti
O bálsamo suavizador que fará me libertar e renascer
Como a Fênix que renasce das cinzas para um vôo mais alto.
Não desejo, Senhor, a inércia, a ociosidade, a paz de paraísos utópicos.
Desejo sim, ó Pai, encontrar o teu amor, a minha renovação para Ti e por ti
Acreditando na vida, na felicidade contigo.

Natal: Reencontro em Ação (Continue lendo...)

NATAL, singelas letras de conteúdo tão profundo, as quais despertam, no nosso coração, emoções diferentes. Busquemos o seu significado, e despertemos para o verdadeiro sentido do Natal de Jesus.

Uma nova era, um novo caminho.

Jesus, na simplicidade do seu nascimento e da sua vida, e na grandiosidade dos seus ensinamentos, veio despertar a humanidade para a comunhão com Deus. Ele nos afirmou: “Eu sou o caminho, a Verdade e a Vida para Deus”, e, dessa maneira, veio dar cumprimento das Leis do Pai que, interpretadas a luz do seu Evangelho, refrigeram e acalmam o espírito, sinalizando novos horizontes possíveis de serem palmilhados.

Jesus nasceu para iluminar as trevas da ignorância, veio trazer para toda a humanidade o cumprimento da lei do amor.

È Natal, e numa música de John Lennon interpretada pela cantora Simone nos convida a reflexão quando questiona: “ Então é Natal E o que você fez?. Vale a pena mergulharmos no nosso mundo íntimo e nos perguntarmos o que nós fizemos para amenizar as dores dos que sofrem dos que choram, dos famintos como Jesus nos ensinou:

Precisamos pois, despertar para o Natal em ação. Ação do perdão por aqueles que nos ofenderam, lembrando as suas palavras no Pai Nosso: “Perdoa as nossas ofensas assim como nós perdoamos os que nos tem ofendido”; Ação da misericórdia para os que nos ofendem como ele nos ensinou “Bem aventurados os que são misericordiosos porque obterão misericórdia.”(Mateus, 5:7.) Ação da brandura para que possamos ser realmente chamados filhos de Deus quando ele também nos ensinou: “Bem aventurados os que são brandos, porque possuirão a Terra; Bem aventurados os pacíficos, porque serão chamados filhos de Deus”( São Mateus, 5:4; 5:9.). lembrarmos quando Ele Jesus, ao ser crucificado olha para seus algozes e diz: “Pai perdoa-lhes, porque não sabem o que fazem”

E assim Jesus nos faz diversos convites. Convite à vida de maneira que possamos nos despojar de toda forma de orgulho, de vaidade que atrapalham a nossa marcha evolutiva.

Jesus na pureza do seu coração nos acolhe. Ele não pergunta a nossa raça, religião, cor, condição social, econômica, porque todos somos filhos do mesmo Pai, Filhos de Deus. Livre de toda e qualquer forma de preconceito nos trouxe a lei do Amor e resume os dez mandamentos “No amai a Deus sobre todas as coisas e ao próximo como a si mesmo”

Na nossa intimidade, no conhecimento dos nossos pensamentos mais íntimos vamos sim mergulhar no nosso Eu. Não para despertamos em nós, sentimentos de culpa. Jesus em nenhum momento nos ensinou a vivermos nos culpando, e Joanna de Angelis através de Divaldo Franco nos convida ao autoperdão, porque quando perdoamos a nós mesmos fica mais fácil perdoarmos os nossos semelhantes em seus erros.

Ainda em Joanna de Angelis ela nos afirma que “ A criatura é o seu psiquismo... “(..)e o pensamento bem construído, age no mecanismo do sistema nervoso, no cérebro, e estes, conjugados, produzem enzimas protetoras que tornam imune o organismo a muitas invasões de agentes destrutivos, propiciando saúde.”

Os nossos momentos de reflexão implicam em esforço contínuo para o autodescobrimento, para a mudança de comportamentos indesejáveis que prejudicam a nós mesmos e ao nosso próximo. Isto porque toda atitude negativa que endereçamos ao nosso próximo somos o primeiro prejudicado. Impregnamos com fluídos deletérios o nosso perispírito, envoltório do Espírito, e adquirimos enfermidades para o nosso corpo, para a nossa alma. Sendo assim toda e qualquer forma de maldade impetrada ao nosso semelhante somos por conseqüência os primeiros prejudicados, vale também para todo o Bem que fizermos.

Assim elevando o pensamento a Jesus dizemos: Senhor, há mais de 2000 anos vieste nos ensinar a lei do Amor, este amor que substitui toda forma de violência do homem para com o seu semelhante, e na fonte inesgotável do teu amor por todos nós te pedimos pelos que sofrem o guante da violência ativa ou silenciosa em todos os recantos deste planeta.

Te pedimos pelos promovedores desta violência, porque estão grafando nas suas consciências marcas que somente o processo das múltiplas reencarnações irão sanar.

Envolve, carregando nos teus braços como nos mostra o poema “pegadas na areia” os que são frios, indiferentes ao sofrimento alheio para que possam sentir no calor do contato contigo o fogo renovador das suas consciências.

Jesus na brandura do teu olhar desejamos nos encontrar e despertar, deixar fluir as virtudes que jazem latentes em cada um de nós.

Abençoa todos os seres, que cada um possa deixar nascer no coração e na mente as flores do teu Evangelho e que o seu perfume suave envolva todo o planeta Terra , e todos os homens possa materializar nas palavras, ações e pensamentos o “Glória a Deus nas alturas e Paz na Terra aos homens de boa fé aos homens de boa vontade, paz para toda a humanidade”

 Maria Inês  Machado

terça-feira, 7 de setembro de 2010

Pensando Grande no Natal (Continue lendo...)

(Peça de teatro, elaborada por Maria Inês Machada e apresentada pela Mocidade II no Natal Fraterno do Núcleo Espírita Investigadores da Luz-NEIL, sob a coordenação de Érica Babini Machado, Coordenadora do Grupo de Teatro Espírita Leopoldo Machado. O desenvolvimento da peça foi intercalada com músicas do jovem compositor erudito Leonardo Machado )


Coloca no Power Point( algumas cenas e o narrador fala:)
Entramos no século XXI, o qual apesar de iniciar contemplando as arranhaduras do século passado, não deixa de ser a promessa de um novo porvir. Convive-se ainda com os demandos de toda sorte: a decadência moral, as guerras, os atentados terroristas, a fome, a miséria, a agressão à Natureza. Fatores indicativos da predominância da matéria sobre a essência do ser, o espírito imortal, todavia a lei é de progresso. Não esqueçamos Jesus, o vencedor inconfundível, permanece no leme deste grande barco.
E neste cenário de dores e prantos verificamos também a semente do bem sendo plantada e fruindo em todo o seu vigor. São mãos abençoadas que enxugam lágrimas, são braços vigorosos que trabalham na gleba do senhor. São, portanto, esperanças que se renovam, indicando flores a nascer também no pântano.
É Natal, época de renovação, momento de contabilizarmos as promessas do bem que traçamos e verificarmos os saldos positivos destas promessas. Traçamos metas e definimos caminhos, é pertinente, portanto, avaliarmos para darmos prosseguimento no ano vindouro aos projetos elaborados, firmando o compromisso íntimo com a vida: Não esqueçamos portanto, de fazermos sempre o melhor, embora convivendo com as rachaduras das dificuldades naturais no processo de toda caminhada.
No trabalhado da semeadura, não esqueçamos, porém que nem sempre a colheita é imediata. Há solos mais favoráveis, outros que necessitam de um tempo maior para florescer, mas o importante é não esmorecer diante das lutas, e das dificuldades. Sejamos, portanto, cautelosos, sem esperar resultados imediatos, todavia não abracemos jamais o pessimismo.
No trabalho do Bem, qualquer resultado por menor que possa parecer é sinônimo de vitória e de motivação para a perseverança.
Assim vamos construir sonhos, esperanças, não esqueçamos que as grandes realizações foram as utopias do passado.
Semear, acreditar, investir e trabalhar, este é o convite da vida, porquanto há muito o que fazer.
As crianças e os jovens nos aguardam. Em meio a todo este panorama da Terra, de todo este torvelinho, de inquietações, existe estes seres em processo de desenvolvimento que aguardam o nosso concurso, pois, eles serão os protagonistas de uma nova realidade.
Apesar de todo o panorama de incertezas, de danos lastimáveis à natureza, vamos encontrar jovens dispostos a mudar a realidade presente, e foi assim que encontramos o jovem Júlio de apenas 18 anos, com uma visão de futuro, alimentando sonhos, movido pela intuição e pela ação sabendo que seus sonhos podem se tornar realidade.
Afinal, como filho de Deus, não negando as leis de causa e efeito, compreende que o fatalismo só é real para os pessimistas e acomodados, que se escondem nas máscaras da ilusão cultivando a idéia de que podem dormirem na pobreza e acordarem nas casas, nos apartamentos de luxo, através do vício e do crime.
Júlio era bem o adolescente e responsável, morava no bairro Joanna Bezerra. Ainda criança foi conduzido pelas mãos da sua abnegada mãe, à Casa Espírita que ficava nas proximidades da sua residência. Era, portanto um dos jovens do departamento de Infância e Juventude daquela instituição.
Como ele, outros colegas também oriundos da comunidade local, haviam freqüentado quando criança a evangelização. Porém muitos no arvorecer da adolescência, movidos por outros interesses, se afastaram, buscando outros arraiais pois, na concepção de alguns, Juventude é para o aproveitamento do prazer, esquecendo de que as sensações físicas podem ser controladas pelo espírito, essência do Ser em processo de evolução.
Dentro deste universo de jovens que alimentam este pensamento vamos encontrar Mauro, um jovem e, como a grande parte dos jovens de sua época, vivia empolgado por tudo que a mídia apresentava como bom e útil. Assim sendo, vivia inconformado com a vida simples que levava, pois para ele ser feliz era ter a calça de marca, o tênis da moda, o celular, enfim, ter, ter e ter...
Sua mãe, trabalhadora incansável, dividia o trabalho do lar com o seu trabalho diário, numa casa de família. O fato de a sua mãe trabalhar como doméstica lhe incomodava profundamente. Orgulhoso e exibicionista não entendia a nobreza do trabalho, esquecia que Jesus tinha nascido numa estrebaria e tivera como berço uma simples manjedoura, forrada de palha.
Muitas vezes reclamava da mãe por conta da sua casa modesta, revoltado com a sua vida simples, tornava não só sua vida, bem como a de sua mãe, num verdadeiro inferno. Sua mãe, muito paciente, chamava-lhe a realidade, ensinando-lhe que a vida honrada é patrimônio dos homens de bem, entretanto, Mauro parecia não entender ou não queria entender os ensinamentos que sua abnegada mãe lhe ensinava.
Certo dia, caminhando com sua colega Marina pelas proximidades da sua casa, encontra Júlio e Luiza que foram colegas de infância e que se dirigiam para as aulas de Evangelização na Casa Espírita. Interpelando os colegas, pergunta:

CENAS
Mauro: Olá júlio, oi Luiza, como vocês estão? O que vocês tão fazendo da vida? Não vejo vocês nos barzinhos do bairro?
Júlio: pois é Mauro, realmente estudo à tarde e pela manhã consegui um emprego numa padaria, mas sempre arranjo um tempinho para me divertir, tenho minha namorada, saio muito com ela. Mas beber em barzinho, dar não cara...

Mauro: Como é que é cara, quer dar uma de santo? Tu tá perdendo tempo, a gente tem que aproveitar enquanto é tempo, enquanto somos jovens.

Júlio: É cara pode ser, mas eu ainda prefiro me divertir como gosto. E o dinheiro que ganho ajudo em casa, porque tu sabe que tenho outro dois irmãos menores e por enquanto não têm idade para trabalhar.

Mauro: Que nada, cada um que se vire, eu quero mais é curtir a vida, não é não Marina?! Juntos a gente revoluciona as noites. É na dança meu irmão, com a cervejinha.

Marina: Pois é Júlio você está de bobeira, tu é mesmo careta. Eu mesmo não perco tempo, já não estou indo pro colégio, estava cheia daquelas aulas e aquela professora me enchia a paciência.

Rômulo: Marina você pode até achar o Júlio careta, porque ele não curte barzinho , estuda pensa no futuro dele, mas eu também penso como ele estudo e trabalho pensando no meu futuro mas não significa que a gente seja careta, garanto que não é isso que as nossas namoradas pensam da gente.Elas dão a maior força pra gente estudar.

Marina: É, cada um tem o que gosta, eu prefiro curtir a vida com Mauro, brincar é muito bom, meu irmão, sem pensar em nada. Eu não perco as danças do bairro por nada. Mas enfim vocês é quem sabem.

Mauro: Mas pra onde mesmo vocês estão indo? O que é isso que vocês estão segurando na mão?

Júlio: Vamos para às aulas de evangelização, e como estamos trabalhando sobre a preservação do meio ambiente, hoje, vamos uma oficina de como reaproveitar alguns materiais que são usados e jogados fora.

Mauro: Mas Júlio! Como é que tu pode ter interesse por estas besteiras? Olha eu me interesso por coisa mais importante, veja a marca da minha bermuda, pois é rapaz, consegui comprar. Há tempo que eu estava desejando.

Júlio: Olha Mauro como já te disse minha mãe trabalha, e tem que sustentar a casa. Você sabe que tenho mais dois irmãos e todo o dinheiro que entra na minha casa é para as despesas diárias, mesmo achando bonitas as bermudas, os celulares modernos, o tênis da moda, eu me preocupo com o meu futuro e por isso prefiro estudar, aproveitando a oportunidade que minha mãe está me dando, para que no futuro eu possa ser um profissional, estudando para ser um homem de bem. O dinheiro fácil não me interessa. Além do mais Mauro, todos os nossos colegas que se empolgavam e desejavam ter o que não podiam, você sabe o que está acontecendo com eles!

Mauro mas o que isto mesmo que vocês têm nas mãos?

Julio: já te disse, hoje vamos ter uma oficina e iremos transformar caixas de leite usadas em embalagens de presente.

Mauro: Mas pra que isto? Isto não serve pra nada

Marina: é mesmo, isto não serve mesmo pra nada, imagina perder tempo com isto...

Júlio: Não penso assim, Podemos reaproveitar muita coisa que parecem que não serve pra nada. Lá no DIJ, estamos trabalhando o tema “Espiritismo e meio ambiente: Construção de uma nova era.”
Sabe como é: todo mundo parece que esqueceu que a Terra é a nossa casa e precisa ser preservada. È muito lixo, muita poluição a Terra pede socorro.

Mauro: Não me venha com esta conversa, você não pode mudar o mundo

Júlio: É Mauro eu não posso mudar o mundo, mas se cada um fizer a sua parte muita coisa pode mudar.

Luiza: Pois é Mauro, o Julio tem razão. Você já ouviu a história do incêndio da floresta
(contar a história)

Marina: pelo que eu estou vendo vocês são dois sonhadores... Vamos lá Mauro, vai ser difícil convencer estes dois.

Mauro: Espera um pouco Marina, Oh Julio, o que é mesmo que vocês vão fazer com estas caixas de leite?

Paulo: Ele já não te disse, cara? Ele vai reaproveitar estas caixas usadas transformando em embalagens de presentes e no final do ano nós vamos dar as nossas mães com um presente. Ver cara como ficam os rios que diariamente são jogados lixos dentro deles, os peixes morrendo, a água poluída!

Denise:Pois é, Mauro e as garrafas pett, também aproveitamos, fizemos brinco, puff enfim muita coisa pode ser aproveitada

Mauro: O que? Vocês vão dar isto. Olha Julio estamos noutra, reaproveitar coisa usada, nem pensar. Vamos nessa Marina. deixa os dois sonhadores...

Julio: É Luiza vamos para a nossa aula no DIJ, e vamos caprichar na nossa embalagem

Luiza: vamos Júlio, ta quase na hora e não podemos nos atrasar.

(Os dois saem de cena e neste momento entra as imagens no Power Point da Oficina de reaproveitamento de embalagem que eles vivenciaram)

Narrador: (nesta oficina, como falaram Julio e Luiza, eles transformaram as embalagens de leite em novas embalagens de presentes, para darem as suas mães na festa de natal promovida pelo DIJ da instituição. E assim foi confeccionado as embalagens para os presentes e cada mãe recebeu a sua.)

(Entra em cena as mães dos dois jovens (de Júlio e Luiza que ao se dirigirem para suas casas após a festa de Natal das mães na Instituição, encontram D. Célia que vai ao encontro das duas).

D. Célia: Que embalagem bonita, onde vocês compraram.

D. Quitéria (mãe de Júlio) Não compramos nada è que meu filho, o Júlio, fez lá nas aulas do DIJ.

D. Joana: Pois é, e a Luiza também. Veja, gostamos muito!

D. Célia: Ah eu também gostei muito! Será Joana? Hein Quitéria? Que Luiza e Julio fariam estas embalagens para mim?

D. Joana: Mas, Célia, para que você quer esta embalagem?

D. Célia: É que daqui há dois meses é o aniversário de Luciana que vai fazer 05 anos, e estou vendo que estas embalagens ficariam uma graça para colocar as lembrancinhas.

D. Joana: Fala com a Luiza e com Julio, quem sabe eles não fazem, não é Quitéria?

D. Quitéria:Pois é Célia fale com eles...

D. Joana: Pois é Célia, fale, não custa nada falar. Mas agora estamos indo e boa sorte nas preparações do aniversário de Luciana.

Narrador: E assim D. Célia foi ao encontro de Júlio e Luiza e qual não foi a surpresa dos dois, quando a sua vizinha pedira a eles para fazerem as caixinhas para as lembrancinhas.

D. Célia: Júlio e Luiza, estive com Joanna e Quitéria e vi as embalagens que vocês fizeram e gostei muito. Eu vou fazer o aniversário de Luciana e queria que vocês fizessem as caixinhas para colocar as lembrancinhas,

Júlio:Mas D. Célia, Eu não sei o que dizer. Por que a senhora não compra feito, já existem caixinhas prontas nas lojas para vender, não é Luiza?

Luiza: É dona Célia, tem cada embalagem bonita nas lojas.

D. Célia: Ora Júlio, eu não quero as da loja, pois além de serem caras, todo mundo tem igual. As de vocês vão ficar diferentes, eu gostei muito e ao invés de comprar na loja eu compro a vocês.

Luiza: É, Júlio, vamos fazer então.

(Narrador) Julio e Luiza gostaram da idéia e nas horas vagas passaram a confeccionar as caixinhas. Aonde encontravam caixas de leite, limpavam e guardavam, juntando um número significativo de caixas.

(colocar o video clip da oficina)

Narrador : No dia da festinha, todos ficaram admirados com a habilidade de Julio e Luiza, o próprio Mauro ao ver na mesa de aniversário o trabalho de Júlio e Luiza, ficou olhando pensativo.

( Entra em cena, Mauro, Júlio, Luiza, D. Célia e D. Aline, a mãe de Mauro. Sua mãe D. Aline, aproveitando a oportunidade lhe disse: )

D. Aline: Veja Mauro, nem sempre o que compramos com muito dinheiro é tão importante. Veja que Julio e Luiza transformaram uma coisa que ia para o lixo em um enfeite lindo e, ainda ganharam algum dinheiro, ajudando nas despesas da casa.
A vida, meu filho, é assim. Não podemos fazer tudo, mas podemos fazer muito. Se cada um fizer a sua parte, teremos um mundo melhor, sem violência, mais colorido e o planeta agradece. Pois uma caixa dessas de leite jogada no lixo, leva muito tempo para decompor. Ah! como seria bom se todos compreendessem que a vida do Planeta depende de cada um.

(narrador) Nisto d. Célia que conhecia Mauro desde criança e sabendo da mudança do seu comportamento completou:

D. Célia: Mauro, Jesus quando nasceu não escolheu palácios para nascer, e seus pais aproveitaram uma manjedoura, forraram de palhas e este foi o berço de Jesus.
Por isso Mauro se cultivarmos a humildade, Jesus ficará sempre conosco.

(Narrador) Mauro baixou a cabeça e calou-se e, mesmo se naquele dia ele não mudou o seu comportamento, mas com certeza, vai ter muito o que pensar....E quem sabe pensar grande como Julio e Luiza.

CULMINÂNCIA

Sai as mães e entram em cena, mais ou menos 3 crianças e jovens de cada ciclo do DIJ e dizem em voz alta:
Somos o futuro, acreditem em nós, como Jesus acredita. Nós esperamos por Vocês. E neste Natal oferecemos a todos vocês
Colocar a musica e as crianças e o jovens cantam e fazem coreografia.
( Música Natal todo dia dia(Roupa Nova)
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segunda-feira, 6 de setembro de 2010

Atualidade de kardec (texto publicado na revista "Reformador") ( Continue lendo...)

                                    

Caridade para com esses outros... (Continue lendo...)

(...)grande multidão buscava-lhe os fraternos serviços.Eram velhinhos desolados à cata de uma palavra consoladora e amiga,mulheres das povoações mais próximas, que lhe traziam os filhinhos enfermos, sem falar das muitas pessoas em busca de lenitivo espiritual para os dissabores da vida...
A medida que as cercanias do mosteiro se enchiam de viaturas, seu vulto franzino e melancólico desdobravam-se em esforços inauditos para consolar e esclarecer a todos.
De vez em quando, um acesso de tosse sobrevinha, provocando a piedade alheia;ela, porém, transformando a sua fragilidade em energia espiritual inquebrantável, parecia não sentir o aniquilamento do corpo, de modo a manter sempre acessa a luz da sua missão de caridade e de amor...
( do livro 50 Anos Depois, paginas 306;307)

Deus, na sua imensa bondade, em todas as épocas, envia à Terra “Semeadores de Estrelas” para que os homens compreendam a vivência das Suas Leis, no mais amplo aspecto.
Assim sendo, os Seareiros do Senhor, vestindo a toga da humildade, disseminam as sementes do Evangelho em todos os recantos do Planeta, levantando os caídos, libertando obsedados e confortando corações aflitos.
Os seus horários são definidos pela própria multidão que os acompanham, pois, enquanto há uma fila de pessoas para serem atendidas, estes não se retiram dos seus postos até que o último irmão receba o pão espiritual das suas palavras confortadoras.
As horas de descanso são, na maioria das vezes, substituídas pelo repouso do coração dilacerado do desvalido, que sai mais confiante após o lenitivo recebido.
Sabe-se que estes missionários, como o próprio Cristo, muitas vezes não são compreendidos. Porém, mesmo assim, continuam no plano espiritual a velar pela humanidade que, muitas vezes, deu-lhes, como retorno, a cicuta amarga, a qual eles transformam em seiva de vida que purifica e liberta o espírito, levando-os a condição de anjos tutelares.
Estes Semeadores de Luz, quando reencarnam aqui na Terra, não escolhem para renascer em palácios luxuosos, em mansões ou em apartamentos de luxo. Renascem na humildade das profissões dos pais, nas singelezas das casas de tijolos aparentes e, quando pela necessidade, aportam em palácios, renunciam ao luxo como fez Francisco de Assis e tantos outros que a historia da humanidade nos dá noticia.
Eles substituem a família consangüínea pela família universal. A dor do seu semelhante é a sua dor. E, assim, com as mãos envolvidas pela dádiva do trabalho, distribuem as bênçãos que curam, o alimento que sacia a fome e o agasalho da palavra que conforta, , consola, mas, também, que educa.
São verdadeiros estafetas de Deus, nem sempre compreendidos, nem mesmo pelos que se dizem adeptos da religião que professam. Muitos os chamam de excêntricos; outros de orgulhosos, quando não atendem de imediato as suas pretensões; outros de elitistas, porque só atendem “aos ricos”; enfim, estes são alguns epítetos usados pela incompreensão humana.
Quando atendem as solicitações são aplaudidos. Quando assim não o fazem, pelo compromisso maior com a humanidade, e não com o orgulho das comunidades restritas, são envolvidos pela saga do egoísmo desmedido por não atenderem as solicitações festivas de qual ou tal Instituição Espírita. Esquecemos, todavia, que o maior aniversário e a maior comemoração é a prática diária da tolerância e da caridade.
Não podemos avançar, no processo de renovação das nossas consciências, se não tivermos como salvo conduto para nossos irmãos que carregam tão alta responsabilidade a caridade.
Devemos ter a caridade de compreende-los nas suas limitações orgânicas, pois eles, assim como todos nós, necessitam recompor suas forças para continuarem as suas peregrinações e levarem a palavra de Jesus, os ensinamentos da Doutrina Consoladora aos recantos mais distantes, extrapolando as fronteiras do nosso país.
O Brasil, recebeu do espírito Humberto de Campos o titulo de “Coração do Mundo, Pátria do Evangelho”. Este título por si só, e por tudo que vem sendo realizado pelo movimenta espírita, já lhe dá a maioridade de poder caminhar ajudando os países de outros continentes que estão iniciando os passos na Doutrina Espírita. Assim, merecem dos “Peregrinos do Senhor” uma atenção especial. Isto não implica dizer que estes Peregrinos estão nos abandonando, muito pelo contrário, se formos contabilizar, na ampulheta do tempo, iremos verificar que, na marcha ascensional das nossas casas Espíritas, estes missionários estiveram presentes, amparando-nos, incentivando-nos e que continuam-nos dando assistência, através da imensa literatura advinda pela benção da psicografia. Sendo assim, a ajuda permanece. Talvez, nós é que não estamos reconhecendo, pois fomos sempre acostumados a sermos senhores e não servos. E, como tal, um pedido nosso, ainda, ecoa, nas nossas consciências pretéritas, como uma ordem.

Já está na hora de compreendermos melhor o papel dos “Tarefeiros de Jesus” junto à humanidade e não querermos restringi-los aos nossos círculos domésticos.

Sabemos que, como trabalhadores de Jesus, eles estão sempre prontos a servir. Mas sabemos, também, que a caridade é força transformadora, e, assim, ela deve se iniciar no nosso coração. É imprescindível, então, que a materializemos na compreensão, respeitando as limitações dos nossos companheiros, sem exigir-lhes esforços sobre-humanos.

Sendo assim, amigos, vamos trocar de vestimenta, a de Senhor para Servo, a de cobrador para facilitador. Quando assim fizermos, venceremos um pouco mais o egoísmo, tornando-nos menos inquietos e menos ansiosos. Aprenderemos, também, a compreender melhor o trabalho edificante dos “Semeadores de Estrelas”. Se assim procedermos ficará mais fácil a compreensão de que, muitas vezes, os “Nãos” são os “Sins” .
Olhemos para esses Trovadores do Universo, que caminham com a vestimenta de servos, buscando, sempre, servir sem distinção de raça, condição social ou econômica, e demos a eles o direito de descansarem os pés nas sandálias da nossa tolerância, solidariedade e compreensão.

                                            Maria Inês  Machado

Educação: Nobreza de Sentimentos ( Continue lendo...)

Quando o homem compreender que a verdadeira Educação implica cultivar a nobreza dos sentimentos, o mundo será bem diferente. O detentor do poder não humilhará o seu semelhante porque terá como divisa a fraternidade e a solidariedade. O forte sustentará o fraco, não minando as suas forças, mas oferecendo o ombro amigo. As lágrimas dos oprimidos serão enxugadas, não na humilhação da mão estendida, mas no acolhimento de outras mãos que se unem.
O homem não é um monstro que, por onde passa, deixa destruição e dor. Ele é destinado à perfeição e, como tal, na sua marcha evolutiva, caminha nessa direção, acreditando no seu semelhante, entendendo que é uma centelha divina vinda das mãos do Criador e para ele um dia irá retornar.
Compete aos educadores despertarem nas crianças e nos jovens as sementes dos sentimentos elevados, que estão latentes dentro dos seus corações, e deixarem que elas floresçam. Para tanto, torna-se necessária à libertação do homem velho que está dentro de cada um e o surgimento do homem novo.
A mudança de velhos paradigmas não é tão fácil. O orgulho e a vaidade petrificam os sentimentos e impedem que eles floresçam. Num mundo globalizado, no qual predomina o individualismo, o hedonismo e o narcisismo, a “aparente” ausência de sentimentos é sinônimo de competência. O homem tem medo de mostrar-se, de vivenciar as suas emoções.
Os crimes hediondos, a ausência de paz nos lares, a irritação fácil, as doenças degenerativas, o esfacelamento das famílias, entre outros fatos que caracterizam a sociedade atual, sinalizam que não há mais espaço para uma educação voltada para o individualismo, porque são sintomas de uma sociedade falida que precisa de mudanças nas suas bases.
O Espiritismo como doutrina reencarnacionista, nos lega conhecimentos consistentes para o processo renovador da sociedade. Através da multiplicidade das vidas, nós temos o conhecimento que todos somos espíritos milenares, os quais trazemos guardados em nosso ser tendências, mazelas e qualidades de sucessivas vidas. Até muito tempo a criança foi vista por muitos educadores como um vaso vazio, que deve ser preenchido de conhecimentos novos. Com Kardec e a Codificação , porém, essa visão mudou. No Livro dos Espíritos, na pergunta 379, os espíritos nos mostram que as crianças podem ser mais evoluídas que os adultos, se mais progrediram, não são senão os órgãos imperfeitos que as impendem de se manifestarem. Na pergunta 385, nos mostra que a inocência da criança nem sempre é uma superioridade real, mas como falou Jesus como todos deveriam se assemelhar, pois essa inocência , na maioria das vezes, só é conseguida devido ao esquecimento das suas tendências pelo espírito. Essa inocência é uma providência Divina, de forma a ajudar os pais na tarefa de reeducação e os filhos na tarefa de evolução. Na adolescência , contudo, o espírito começa a se lembrar do que era e começa a mudar o seu caráter de até então, recebendo muita influência da reeducação que recebeu durante a infância.

Sabendo disso o educador tem novas ferramentas nas mãos. Ora, se é na infância que o espírito se encontra em fase de semi-inconsciência , de esquecimento de suas tendências milenares, é nessa fase, também, que ele fica mais acessível a novos ensinamentos. È na infância, pois, o melhor período de se reeducar o ser. E é essa a principal finalidade de o espírito nascer criança outra vez, a de ser reeducado novamente.
Segundo a Doutora em Educação, pela Universidade de São Paulo, Dora Incontri, em seu livro A Educação segundo o Espiritismo, “educação é toda influência exercida por um Espírito sobre outro, no sentido de despertar um processo de evolução. Educar é , pois, elevar, estimular a busca da perfeição, despertar a consciência, facilitar o progresso integral do ser. E esse conceito de educação confunde-se com a sua própria finalidade. E esta está em perfeita consonância com a finalidade da vida universal. Tudo evolui para a perfeição.” Poderemos ampliar, ainda mais, esse conceito em seu livro A Educação da Nova Era, “Para que haja Educação no verdadeiro sentido termo, impõe-se antes de mais nada duas premissas básicas: amor e auto-educação. Amar para educar e auto-educar-se para amar.Ninguém pode aperfeiçoar, se não procura cultivar em si mesmo a obra da evolução.”
Precisamos pois,abandonarmos a toga do preconceito, do medo de falar em Deus no lar, nas escolas, enfim, em todos os lugares onde a sua ausência é sentida e vivenciada.
Explicar as nossas crianças, aos nossos adolescentes que Deus existe e que está presente na vida humana é sinônimo de coragem, de autoridade moral. Apagar das suas mentes a idéia de um Deus punitivo, que castiga, e falar do Deus de amor e justiça, de perdão que dá oportunidade ao homem de reconciliar-se com os seus desafetos do passado e do presente.
As crianças e os jovens são portadores de mentes abertas para a educação que eleva, constrói e liberta. Para tanto é necessário que os educadores acreditem na educação do espírito, no poder da renovação de sentimentos, na implantação de novos paradigmas. Acreditem no semelhante e, acima de tudo, numa educação renovadora, embasada nos postulados das modernas teorias pedagógicas e psicológicas, mas, também, na pedagogia do MESTRE dos mestres, JESUS, sinônimo de renovação em todas as áreas do comportamento humano.

                                                             Maria Inês Machado

Jovens e Velhos-Vertentes do Mesmo Pai ( texto publicado na revista "Reformador") ( Continue lendo...)

"...– Simão – disse o Mestre com desvelado carinho –, poderemos acaso perguntar a idade de Nosso pai? E se fôssemos contar o tempo, na ampulheta das inquietações humanas, quem seria o mais velho de todos nós? A vida, na sua expressão terrestre, é como uma árvore grandiosa. A infância é a sua ramagem verdejante. A mocidade se constitui de flores perfumadas e formosas. A velhice é o fruto da experiência e da sabedoria. Há ramagens que morrem depois do primeiro beijo do sol, e flores que caem ao primeiro sopro da primavera. O fruto porém, é sempre um benção do Todo-Poderoso. A ramagem é uma esperança; a flor uma promessa; o fruto é realização. Só ele contém o doce mistério da vida, cuja fonte se perde no infinito da divindade.."
(Boa Nova pág. 63)

A mocidade é oportunidade de serviço, entretanto, Jovens, não se deixem levar pelo entusiasmo passageiro no qual se planeja, mas não se realiza.
O jovem na Casa Espírita é o continuador dos trabalhos implantados pela sabedoria dos mais velhos. Por mais que um jovem de boa vontade tenha experiência em qualquer trabalho, não deve prescindir dos conselhos, das orientações dos mais velhos.
Os trabalhadores que se julgam cansados não devem temer a mocidade florescente, animada de ideais e idéias promissoras.
Jesus não perguntou a idade dos seus discípulos. Confiou-lhes diretrizes, pois sabia que eles seriam capazes de serem os seus continuadores.
O trabalho na casa Espírita pertence a todos, não foi destinado a ser perpétuo nas mãos de um único trabalhador. Este, por sua vez, deve abraçá-lo com desprendimento, estando sempre aberto ao diálogo, às sugestões, analisando, ponderando, mas tendo a certeza de que a verdade maior é a de Jesus.
Moços e Velhos, combinação singular. Membros de um mesmo corpo que se completa e se direciona para a realização permanente do ideal maior.
Simão, ao acompanhar humilhado as exortações dos jovens discípulos, Tiago e Tadeu, que, entusiasmados pelo arrobo da mocidade, faziam planos sobre a divulgação dos ensinamentos de Jesus, recebeu os esclarecimentos do Mestre sobre a questão em pauta, retirando-se satisfeito, como se houvesse recebido no coração uma nova energia. Isso nos leva à compreensão de que a idade torna-se impedimento quando acompanhada da intransigência e do impermeabilismo, que não consegue abrir oportunidades para os jovens que adentram, desejosos de servir, a Casa Espírita.
Velhice cansada não é a da idade, mas a do espírito, que, esgotado pelas insatisfações íntimas, não se renova e enxerga toda e qualquer possibilidade da interferência juvenil como ameaça para o seu hipotético "posto".
Velhice e juventude, vertentes que se complementam: uma revigora a outra. Quem terá mais condições: o jovem inexperiente que adentra com idéias mirabolantes sem fundamento doutrinário-cristão, ou os mais velhos que insistem nas suas práticas arbitrárias?
A questão não é de disputa mas de entendimento. O jovem pode muito realizar, desde que abrace a causa com amor, abnegação e vontade de servir. Os mais velhos podem e devem, através da sua experiência, abrir caminhos, orientando, sugerindo e sinalizando formas diversas de ajuda à mocidade serena e resplandecente, que chega com uma carga positiva de vigor ao trabalho do Cristo.
Velhos e moços, caminheiros integrantes de uma realidade incontestável, a vida eterna. Um chegará mais rápido. O outro caminhará e não deixará queimada nenhuma fase da sua existência. Ninguém chega à velhice que não tenha passado pela juventude.
Abra seu coração. Realize uma viagem interior, reportando-se a sua mocidade e pergunte a você mesmo quantas oportunidades lhe foram dadas pelos mais velhos da sua época? Quantas lhe foram negadas?
Jovens, observem o momento atual. Vivenciem os momentos em toda a sua plenitude. Adentrem, pelos trabalhos pertinentes a sua idade, na instituição, mas em momento algum queiram sobrepujar os mais velhos. Eles são sinônimos de experiência e podem, e devem, muito contribuir para que as vossas pretensões sadias sejam realizadas. Não esmoreçam. O porvir é a vossa meta. A alegria de servir é o vosso lema. Amem. Unam-se, lembrando-se de que: "Ser moço ou velho no mundo não interessa!... antes de tudo, é preciso ser de Deus!"... palavras de Jesus.
                                                 Maria Inês Machado