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quarta-feira, 26 de setembro de 2012

Tina: um nome chamado alegria

Quando a noite cai revolvo o meu pensamento e passa na minha memória os acontecimentos diários. Neste percurso vem as imagens da violência, da solidão dos oprimidos, da ganância dos poderosos que esqueceram da verdadeira finalidade do poder temporal: Promover uma sociedade mais justa, mais igualitária, oferecendo ao cidadão uma vida digna.

Estas imagens queimam o cérebro com as suas brasas ardentes porém elas não predominam, porque um rosto singelo vai se desenhando paulatinamente na minha mente e este rosto emoldurado pelos cabelos loiros caídos aos ombros eu vislumbro um sorriso. Não é um sorriso enigmático é um sorriso de quem soube fazer da vida uma arte. A arte de desenvolver a alegria.

A alegria das flores coloridas, das bandeirolas multicores, das estrelas cintilizantes. Para cada data comemorativa uma decoração diferente, pintada com os pinceis da sensibilidade de quem soube dar um colorido diferente a vida.

Os eventos se sucediam: carnaval, festa junina, semana da cultura, dia da criança, seminários, festa natalina, seja qual fosse o evento ela estava lá, presente, pintando com os pinceis multicoloridos a alegria, para que os convidados quando chegassem encontrassem a casa pronta, colorida, e a energia impregnada contagiava a todos.

Nos murais espalhados pelos corredores, as flores não pareciam feitas de papeis, elas expressavam a linguagem da sua criadora. Eram flores vivas que exalavam o perfume da energia da sua dedicação e simplicidade.

Mas quem era a autora de tanta beleza? estaria ela sentada numa cadeira de honra esperando e recebendo os aplausos dos que chegavam? Não. A sua simplicidade não permitia qualquer manifestação de alarde, não aguardava os aplausos, não tinha feito com esta intenção.

E a artista dos pinceis multicores, das estrelas cintilantes,trabalhando há mais de 25 anos num mesmo grupo Educacional, a convite dos diretores deste grupo ampliou o seu trabalho, aportou no mundo acadêmico. No seu novo local de trabalho não havia os eventos peculiares do universo da educação infantil, do ensino fundamental. Entretanto o perfume da sua arte espalhava-se pelos corredores da faculdade, e ela atendia de forma singular no setor da escolaridade os seus companheiros de trabalho. Todo o material,instrumento do seu trabalho, tinha a sua marca registrada. O perfume das verdadeiras essências não se extinguem porque mudam de frasco...

Seu nome? Singelo, fácil de pronunciar Tina, que retornou ao mundo espiritual e foi amparada por aqueles que lhe antecederam a vida física.

Saudades, com certeza todos nós que tivemos o privilégio de convivermos na intimidade da sua vida profissional estamos sentindo. Mas acima de tudo como ela, confiantes em Deus que não desampara os seus filhos, temos a certeza da providência Divina a amparar os seu familiares para que a dor da ausência física do anjo das suas vidas seja amenizada através da fé que Jesus nos ensinou e que transporta montanhas.

Rogamos pois a Deus as suas bênçãos de paz e luz para a nossa querida Tina, que soube exalar na vida física o perfume da simplicidade.

Maria Inês Machado