Maria Inês Machado
A
preocupação do indivíduo na conquista do bem-estar é uma realidade, porém, nem
sempre os recursos utilizados são os mais indicados. Vejamos:
Busca-se
o bem-estar por meio do trabalho, o qual, entre outros benefícios,
preenche os espaços ociosos da mente.
Louvável! Mas, quando exacerbado conduz ao esgotamento físico e mental. Na
busca da solução para a problemática, o indivíduo recorda-se de um sonho e faz
a opção para concretizá-lo: viajar.
Inicia-se, então, os preparativos para a
viagem: roteiros, contatos, pertences pessoais selecionados, etc. É uma
festa..., porém, no percurso da viagem, o sonho vai amarelando, as preocupações
e as inquietações não pediram férias, acompanhando a mente durante o roteiro
escolhido. E mesmo quando o panorama dos lugares são atraentes, os imãs das
inquietações mentais predominam, e aquilo que foi planejado com tanto
entusiasmo arrefece e o mal-estar parece retornar com mais força.
Diante
deste quadro, vem a interrogação e uma nova decisão: viagem para quê? “Condutora
de gastos, não diminui o cansaço, o mal-estar
permaneceu e até um pouco mais acrescido.” Escolhe-se, então, outros
recursos causadores de prazer.
São
estabelecidas novas necessidades para a satisfação do ego, é preciso
fugir das inquietações, do vazio existencial, dos aborrecimentos, enfim,
dos conteúdos perturbadores. E assim os dias e as noites são preenchidas com os
recursos selecionados e julgados oportunos para a equação do problema. Porém, a cada gole do “líquido promissor”, a cada
ação inconsequente, as energias deletérias aumentam, a mente fica mais atordoada
e vai acumulando mais poeira. A tagarelice das falas inoportunas não
conseguiram acalmar a mente conturbada, os ruídos da noite foram inoperantes e
parece que aumentou o mal-estar.
Face
ao exposto, recordo de uma frase que certa vez ouvi de um amigo espiritual: “não
adianta fugir de si mesmo, a mente quando encontra-se empoeirada, não há
recursos externos, por mais atraentes que possam parecer, que irão equacionar a
problemática. Usar o espanador da fuga é o mesmo que estar com sede e querer
saciá-la com a água do mar.”
Nesse
sentido, acredita-se que a melhor solução para a conquista do bem-estar, da
alegria de viver, não está fora do individuo. Dentro desta perspectiva, mister
se faz discar os números dos telefones internos, íntimos,
e ouvir a voz da consciência. A
decisão é a de ser feliz, driblando com maestria os recursos inoperantes, já
utilizados por tantas existências. Urge, pois, lançar mão dos recursos
libertadores. É dizer, refinar os sentimentos.
Sabe-se
que o “lixo mental” não é reciclado por
si só. É necessário, portanto, um processo de reciclagem, de transformação. Mas
como fazer? Receitas são inoportunas. O bom senso sinaliza novos recursos que
são eficazes na busca da libertação do ser.
Entre
eles, sugere-se um contato com a terapia do amor, cuja terapia é estabelecida
através de um contrato de ensinamentos geradores de mudanças e de
iluminação. Este contato, o qual nos foi
deixado por Jesus, o Psicólogo por excelência, conduz ao:
·
entendimento da razão da existência terrena (fundamental,
pois a partir desse entendimento é que vem a programação do projeto de vida);
·
verificação do projeto de vida (os valores
elencados como os mais importantes);
·
análise e escolha das situações do cotidiano proporcionadoras
do “amaciamento” do ego e/ou daquelas
que favorecem o construção do ser real;
Essa
decisão é individual e intransferível. A vida é como um valioso álbum de
fotografias, aquelas que foram amareladas pelo tempo não devem ser descartadas,
porém, é mais saudável apenas observá-las, anotando as
lições preciosas para não repetir os equívocos. A prioridade, portanto, deve estar
centrada nas páginas subsequentes, nas quais outras fotografias podem ser
postas. Convém obedecer as regras de um novo processo, afinal, novas câmaras,
com tecnologias mais avançadas surgiram, e elas vêm dando conta do quanto a
vida pode ser fotografada de forma diferente.
Que tal, portanto, iniciar uma nova sequência
de fotografias, registradas com as câmaras da tolerância, da indulgência, entre
outras, que expressam o brilho e a nitidez do amor.
Conforme Joanna de Ângelis “o homem é o que acalenta
no íntimo. Sua vida mental expressa-se na organização emocional e física, dando
surgimento aos estados de equilíbrio como de desarmonia pelos quais se
movimenta”.
Nesse
desiderato, desempoeirar a mente não pode restringir-se a buscas exteriores, estas,
quando acalentadas, proporcionam euforia. Alegria, felicidade e bem-estar encontram-se, entre outras, na libertação das
imagens equivocadas a respeito da vida. Através do entendimento da razão, do
sentindo da vida, os passos inicialmente tímidos vão se alargando, as
interpretações das situações do cotidiano vão se transformando e as necessidades reais do ser
vão sobrepujando aquelas que apenas “amaciam o ego”.
Jesus
disse: “Faz a tua parte e o Céu te ajudará.” Ele, o sublime Psicólogo da vida,
nos aguarda, entregando em nossas mãos
os recursos da sua terapia. Que tal adentrarmos no consultório do seu coração,
deitarmos no divã dos seus ensinamentos, ouvindo a sonoridade da sua voz a nos
convidar a realizar a catarse, liberando toda a poeira da mente que foram acumuladas
por nossas invigilâncias?
O contrato da terapia com Jesus é permeado
pela suave sentença: Vinde a mim todos
vós que estais aflitos e sobrecarregados que eu vos aliviarei, tomai de mim o
meu jugo que é suave e meu fardo que é leve e encontrareis repouso para as
vossas almas.” Os horários são estabelecidos com flexibilidade, pois mesmo que
sejamos relutantes, resistentes, ao
processo terapêutico, Ele não nos abandona, pois já afirmara que não queria a
morte do pecador e sim a do pecado.
Mesmo que
o processo terapêutico seja longo, a transformação, a cura com Ele é inevitável, porque Ele também nos garantiu: “Vós são luzes, podereis fazer o que eu faço e
muito mais. Brilhe a vossa luz.”
Vale a
pena participar e se comprometer com a Terapia do Amor de Jesus. Jesus é a alegria
dos homens, tudo mais não passa de euforia.