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segunda-feira, 12 de janeiro de 2015

Jovens e Velhos-vertentes do mesmo pai

Jovens e Velhos-vertentes do mesmo pai

"...– Simão – disse o Mestre com desvelado carinho –, poderemos acaso perguntar a idade de Nosso pai? E se fôssemos contar o tempo, na ampulheta das inquietações humanas, quem seria o mais velho de todos nós? A vida, na sua expressão terrestre, é como uma árvore grandiosa. A infância é a sua ramagem verdejante. A mocidade se constitui de flores perfumadas e formosas. A velhice é o fruto da experiência e da sabedoria. Há ramagens que morrem depois do primeiro beijo do sol, e flores que caem ao primeiro sopro da primavera. O fruto porém, é sempre um benção do Todo-Poderoso. A ramagem é uma esperança; a flor uma promessa; o fruto é realização. Só ele contém o doce mistério da vida, cuja fonte se perde no infinito da divindade.."
(Boa Nova pág. 63)

A mocidade é oportunidade de serviço, entretanto, Jovens, não se deixem levar pelo entusiasmo passageiro no qual se planeja, mas não se realiza.
O jovem na Casa Espírita é o continuador dos trabalhos implantados pela sabedoria dos mais velhos. Por mais que um jovem de boa vontade tenha experiência em qualquer trabalho, não deve prescindir dos conselhos, das orientações dos mais velhos.
Os trabalhadores que se julgam cansados não devem temer a mocidade florescente, animada de ideais e idéias promissoras.
Jesus não perguntou a idade dos seus discípulos. Confiou-lhes diretrizes, pois sabia que eles seriam capazes de serem os seus continuadores.
O trabalho na casa Espírita pertence a todos, não foi destinado a ser perpétuo nas mãos de um único trabalhador. Este, por sua vez, deve abraçá-lo com desprendimento, estando sempre aberto ao diálogo, às sugestões, analisando, ponderando, mas tendo a certeza de que a verdade maior é a de Jesus.
Moços e Velhos, combinação singular. Membros de um mesmo corpo que se completa e se direciona para a realização permanente do ideal maior.
Simão, ao acompanhar humilhado as exortações dos jovens discípulos, Tiago e Tadeu, que, entusiasmados pelo arrobo da mocidade, faziam planos sobre a divulgação dos ensinamentos de Jesus, recebeu os esclarecimentos do Mestre sobre a questão em pauta, retirando-se satisfeito, como se houvesse recebido no coração uma nova energia. Isso nos leva à compreensão de que a idade torna-se impedimento quando acompanhada da intransigência e do impermeabilismo, que não consegue abrir oportunidades para os jovens que adentram, desejosos de servir, a Casa Espírita.
Velhice cansada não é a da idade, mas a do espírito, que, esgotado pelas insatisfações íntimas, não se renova e enxerga toda e qualquer possibilidade da interferência juvenil como ameaça para o seu hipotético "posto".
Velhice e juventude, vertentes que se complementam: uma revigora a outra. Quem terá mais condições: o jovem inexperiente que adentra com idéias mirabolantes sem fundamento doutrinário-cristão, ou os mais velhos que insistem nas suas práticas arbitrárias?
A questão não é de disputa mas de entendimento. O jovem pode muito realizar, desde que abrace a causa com amor, abnegação e vontade de servir. Os mais velhos podem e devem, através da sua experiência, abrir caminhos, orientando, sugerindo e sinalizando formas diversas de ajuda à mocidade serena e resplandecente, que chega com uma carga positiva de vigor ao trabalho do Cristo.
Velhos e moços, caminheiros integrantes de uma realidade incontestável, a vida eterna. Um chegará mais rápido. O outro caminhará e não deixará queimada nenhuma fase da sua existência. Ninguém chega à velhice que não tenha passado pela juventude.
Abra seu coração. Realize uma viagem interior, reportando-se a sua mocidade e pergunte a você mesmo quantas oportunidades lhe foram dadas pelos mais velhos da sua época? Quantas lhe foram negadas?
Jovens, observem o momento atual. Vivenciem os momentos em toda a sua plenitude. Adentrem, pelos trabalhos pertinentes a sua idade, na instituição, mas em momento algum queiram sobrepujar os mais velhos. Eles são sinônimos de experiência e podem, e devem, muito contribuir para que as vossas pretensões sadias sejam realizadas. Não esmoreçam. O porvir é a vossa meta. A alegria de servir é o vosso lema. Amem. Unam-se, lembrando-se de que: "Ser moço ou velho no mundo não interessa!... antes de tudo, é preciso ser de Deus!"... palavras de Jesus.



                                                                                   Maria Inês  Machado