A paixão pelas obras deste grande artista surgiu quando fui construir o Memorial de uma Instituição em Recife e entrei em contato com a revista "Voz da União", publicada pela Mocidade Espírita desta instituição na década de 40, na qual Zuleno foi integrante da Mocidade desta Instituição por alguns anos e na época desenhava as capas destas revistas. Trata-se de um grande MESTRE que combinava sabedoria com humildade.
É simplesmente fascinante.
Este blog tem como objetivo divulgar textos, poemas, poesias, dinâmicas de grupo, peças de teatro, músicas, videos, entre outros.
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quinta-feira, 4 de junho de 2015
segunda-feira, 12 de janeiro de 2015
Jovens e Velhos-vertentes do mesmo pai
Jovens e Velhos-vertentes do
mesmo pai
"...– Simão – disse o Mestre com desvelado
carinho –, poderemos acaso perguntar a idade de Nosso pai? E se fôssemos contar
o tempo, na ampulheta das inquietações humanas, quem seria o mais velho de
todos nós? A vida, na sua expressão terrestre, é como uma árvore grandiosa. A
infância é a sua ramagem verdejante. A mocidade se constitui de flores
perfumadas e formosas. A velhice é o fruto da experiência e da sabedoria. Há
ramagens que morrem depois do primeiro beijo do sol, e flores que caem ao
primeiro sopro da primavera. O fruto porém, é sempre um benção do
Todo-Poderoso. A ramagem é uma esperança; a flor uma promessa; o fruto é realização.
Só ele contém o doce mistério da vida, cuja fonte se perde no infinito da divindade.."
(Boa Nova pág. 63)
A mocidade é oportunidade de serviço,
entretanto, Jovens, não se deixem levar pelo entusiasmo passageiro no qual se
planeja, mas não se realiza.
O jovem na Casa Espírita é o
continuador dos trabalhos implantados pela sabedoria dos mais velhos. Por mais
que um jovem de boa vontade tenha experiência em qualquer trabalho, não deve
prescindir dos conselhos, das orientações dos mais velhos.
Os trabalhadores que se julgam
cansados não devem temer a mocidade florescente, animada de ideais e idéias
promissoras.
Jesus não perguntou a idade dos seus
discípulos. Confiou-lhes diretrizes, pois sabia que eles seriam capazes de
serem os seus continuadores.
O trabalho na casa Espírita pertence a
todos, não foi destinado a ser perpétuo nas mãos de um único trabalhador. Este,
por sua vez, deve abraçá-lo com desprendimento, estando sempre aberto ao
diálogo, às sugestões, analisando, ponderando, mas tendo a certeza de que a
verdade maior é a de Jesus.
Moços e Velhos, combinação singular.
Membros de um mesmo corpo que se completa e se direciona para a realização
permanente do ideal maior.
Simão, ao acompanhar humilhado as
exortações dos jovens discípulos, Tiago e Tadeu, que, entusiasmados pelo arrobo
da mocidade, faziam planos sobre a divulgação dos ensinamentos de Jesus,
recebeu os esclarecimentos do Mestre sobre a questão em pauta, retirando-se
satisfeito, como se houvesse recebido no coração uma nova energia. Isso nos
leva à compreensão de que a idade torna-se impedimento quando acompanhada da
intransigência e do impermeabilismo, que não consegue abrir oportunidades para
os jovens que adentram, desejosos de servir, a Casa Espírita.
Velhice cansada não é a da idade, mas
a do espírito, que, esgotado pelas insatisfações íntimas, não se renova e
enxerga toda e qualquer possibilidade da interferência juvenil como ameaça para
o seu hipotético "posto".
Velhice e juventude, vertentes que se
complementam: uma revigora a outra. Quem terá mais condições: o jovem
inexperiente que adentra com idéias mirabolantes sem fundamento
doutrinário-cristão, ou os mais velhos que insistem nas suas práticas
arbitrárias?
A questão não é de disputa mas de
entendimento. O jovem pode muito realizar, desde que abrace a causa com amor,
abnegação e vontade de servir. Os mais velhos podem e devem, através da sua
experiência, abrir caminhos, orientando, sugerindo e sinalizando formas
diversas de ajuda à mocidade serena e resplandecente, que chega com uma carga
positiva de vigor ao trabalho do Cristo.
Velhos e moços, caminheiros integrantes
de uma realidade incontestável, a vida eterna. Um chegará mais rápido. O outro
caminhará e não deixará queimada nenhuma fase da sua existência. Ninguém chega
à velhice que não tenha passado pela juventude.
Abra seu coração. Realize uma viagem
interior, reportando-se a sua mocidade e pergunte a você mesmo quantas
oportunidades lhe foram dadas pelos mais velhos da sua época? Quantas lhe foram
negadas?
Jovens, observem o momento atual.
Vivenciem os momentos em toda a sua plenitude. Adentrem, pelos trabalhos
pertinentes a sua idade, na instituição, mas em momento algum queiram
sobrepujar os mais velhos. Eles são sinônimos de experiência e podem, e devem,
muito contribuir para que as vossas pretensões sadias sejam realizadas. Não
esmoreçam. O porvir é a vossa meta. A alegria de servir é o vosso lema. Amem.
Unam-se, lembrando-se de que: "Ser moço ou velho no mundo não interessa!...
antes de tudo, é preciso ser de Deus!"... palavras de Jesus.
Maria Inês Machado
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