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terça-feira, 31 de dezembro de 2013

“Virada do Ano”


                                          Por Maria Inês Machado
Hoje também é dia de falar em saudade
Saudade do tempo, saudade dos momentos,
momentos de graça, de ternura de descontração
de tudo que passou, mas ficou na lembrança.

Mesa posta, crianças sorrindo
sem  entenderem  muito bem
 a virada do ano.
E o ano  vira!
indaga  a criança com admiração.
O tempo responde com um silêncio enigmático

E o mundo permanece girando
Em torno dos acontecimentos...
Planejados, inesperados.
Ninguém foge do tempo.
Dos casamentos do dia com a noite
variando apenas as indumentárias nupciais.

São ideias que se renovam,
são bilhetes de surpresas  que
anunciam  partidas e chegadas
encontros e reencontros.

Tristezas! chegam, mas
não devem ser retidas
tanto melhor  partir  ligeiras como o raio
afinal elas são visitas inesperadas

Alegrias! visitas benvindas
mas retornam com a rapidez do tempo
ou demoram, a depender
dos desejos entrelaçados.

Ah! o tempo...
Este grande medicamento
das saudades, das dores, das perdas,
de tudo enfim que dói na alma...
Mas também das alegrias somadas, multiplicadas
Que enternecem o coração

Virada do ano, tempo de reflexão, de  renovação
Mas também de leseiras, de descontração
Caminhemos, devagar mas sem lentidão
Afinal, o tempo é também
Um convite a  ponderação.











domingo, 22 de dezembro de 2013

Jesus, uma mensagem de Amor


Por Maria Inês Machado

                        O mundo se encontrava envolvido no obscurantismo religioso. Aqueles que acreditavam no Deus único o viam como uma força colérica, quase humana, que punia o erro com a pena de talião do  olho por olho e do dente por dente. Outros deuses também eram gerenciadores da vida humana e representavam, na realidade, a vaidade e o egoísmo das criaturas.   
            Foi neste contexto que Jesus nasceu. E, vindo mudar a história da humanidade, não coube nela, dividindo-a em antes e depois dEle.
Jesus  nos acolhe. Ele não pergunta a nossa raça, a religião, a cor, a condição social, a condição econômica, porque todos somos filhos do mesmo Pai, Filhos de Deus. Livre de toda e qualquer forma de preconceito nos trouxe a lei do Amor e resume os dez mandamentos “No amai a Deus sobre todas as coisas e ao próximo como a si mesmo”
            Fortaleceu o processo de evolução do homem, destinado a perfeição relativa  afirmando: “Vois sois deuses, brilhe a vossa luz”. Para tanto delineou os caminhos que o homem deveria seguir para atingir esta perfeição relativa.
            Apesar do mestre dos mestres, Jesus, ter deixado todo um manancial de ensinamentos que são diretrizes seguras para o homem  libertar-se de si mesmo, das suas imperfeições, que o prendem e o arrastam  para o fosso do egoísmo. Este ainda  o conduz ao calvário crucificando-o nos momentos que deixa-se embriagar pelos interesses mesquinhos que aprisionam  a si mesmo e o seu semelhante.
Jesus, mensageiro do Amor, neste Natal desejamos comemorar Contigo, aprendendo as Tuas sublimes lições, mas tirando-as do Cérebro e colocando-as em nossas mãos, num natal de ação e renovação de atitudes.
È Natal, e numa música de John Lennon interpretada pela cantora Simone nos convida a reflexão quando questiona: “ Então é Natal E o que você fez?. Vale a pena mergulharmos no nosso mundo íntimo e nos perguntarmos o que nós fizemos para amenizar as dores dos que sofrem dos que choram, dos famintos como Jesus nos ensinou:
Precisamos pois, despertar para o Natal em ação. Ação do perdão por aqueles que nos ofenderam, lembrando as suas palavras no Pai Nosso: “Perdoa as nossas ofensas assim como nós perdoamos os que nos tem ofendido”; Ação da misericórdia para os que nos ofendem como ele nos ensinou “Bem aventurados os que são misericordiosos porque obterão misericórdia.”(Mateus, 5:7.) Ação da brandura para que possamos  ser realmente chamados filhos de Deus quando ele também nos ensinou: “Bem aventurados os que são brandos, porque possuirão a Terra; Bem aventurados os pacíficos, porque serão chamados filhos de Deus”( São Mateus, 5:4; 5:9.). lembrarmos quando Ele Jesus, ao ser crucificado olha para seus algozes e diz: “Pai perdoa-lhes, porque não sabem o que fazem”
E assim Jesus  nos faz diversos convites. Convite à vida de maneira  que possamos nos despojar de toda forma de orgulho, de vaidade que atrapalham a nossa marcha evolutiva..
Dentro dessa perspectiva desejamos a todos um Natal de Amor e Luz e Um Novo Ano de muitas realizações com Jesus.

            

quinta-feira, 10 de outubro de 2013

Atualidade de kardec (texto publicado na revista "Reformador") ( Continue lendo...)

Maria Inês Machado
“ Não saia da vossa boca nenhuma palavra torpe, mas só a que for boa para promover a edificação...”( Epistola do apóstolo Paulo aos efésios, 29.)

Estava o mundo entorpecido pelas distorções que foram implantadas ao longo dos séculos, pelos interesses materiais, qual o exotismo dos perfumes fortes, que entontecem e confundem as fragrâncias camufladas, com as das verdadeiras essências.
As batalhas em nome de um Cristo, que é todo mansidão e todo bondade, havia lavado a Terra com as lágrimas dos inocentes, mas que, segundo os defensores da iniqüidade, tinham a suposta culpa de desenvolverem o pensamento contrário às leis dominantes.
A chuva torrencial do orgulho e da vaidade tinha modificado o plano terrestre. A palavra simples do evangelho de Jesus houvera recebido as fantasias do descalabro humano a fim de que o cetro do orgulho e da vaidade imperasse em nome do Cristo de Deus, que escolheu nascer na simplicidade de uma manjedoura.
E, assim, na sucessão dos séculos, inúmeros missionários do amor divino foram abatidos, porque as suas consciências vislumbraram outras paragens, propondo um porto seguro para as embarcações revoltas da intolerância e do poder temporal.
Foi neste cenário, que a Ciência fincou as suas bases, negando Deus, em resposta às ideologias dominantes de um Deus humanizado e colérico que pune os seus filhos com a marca do fogo e do ferro e lhes oferece como “prêmio” a fogueira, o suplicio e a dor.
Mas Jesus, profundo conhecedor da psicologia humana havia prometido O Consolador. Para tanto, o cenário terrestre estava sendo preparado para que, ao atingir a maioridade relativa, pudesse receber os ensinamentos esclarecedores e confortadores da Terceira revelação.
E, desse modo, Allan kardec, o bom senso encarnado, como afirmara Camile Flammarion, teve a nobre missão de codificar a Doutrina dos Espíritos, trazendo à humanidade uma nova era.
Kardec, na sutileza de cientista, soube ser translúcido, não envolvendo em quimeras os ensinamentos grandiosos do Cristianismo primitivo.
Como nos afirma Amaral Ornellas através das mãos abençoadas de Chico Xavier, no poema “Em homenagem a Kardec”:

“... Mas Kardec domina a enorme noite humana
E traz no Espiritismo a fé que se engalana,
Ao fulgor da razão generosa e sincera...
O Evangelho ressurge. O céu brilha de novo.
E Jesus, retornando ao coração do povo,
Acende para o mundo o Sol da Nova Era!”

Com a sabedoria da harmonia que reina no universo, o codificador teve toda uma preparação anterior, sendo discípulo de um grande educador, Pestalozzi, desenvolveu os seus estudos em diversas áreas do conhecimento humano, ampliando assim os seus conhecimentos e, no momento preciso, numa demonstração eloqüente de humildade, muda o seu nome, assumindo o de uma reencarnação anterior para que a humanidade conhecesse não o homem Hippplyte Léon Denizart Rivail, mas a obra, O Espiritismo.
Kardec não assumiu o personalismo arrojado dos homens, não lançou nos banquetes da França esta obra magnífica, ao contrario, soube olhar para um novo horizonte compreendendo a dimensão do seu trabalho, mas sem se deixar envolver pelo orgulho e pela vaidade, ópios que entorpecem os sentidos e que “deletam” qualquer trabalho sério quando este não é envolvido pela humildade.
A tecla do computador da consciência é inexorável, quando o caminho conduz a um objetivo grandioso, por mais que os espinhos, as pedras de tropeço surjam, este caminho vai se alargando, pois a seriedade do trabalho, por si só responde aos incautos e incrédulos, e ele cresce e se esparge em luzes de entendimento, e fica arquivado nos refolhos da Consciência humana. Todavia quando a obra é realizada sobre o auspicio do personalismo e do orgulho, ela perde-se no caminho e, pouco a pouco, vai se minando, mesmo que aparentemente pareça grandiosa.
Emmanuel, através de Chico Xavier, afirmou que a maior caridade que se faz a Doutrina espírita é a sua divulgação, entretanto o divulgador espírita precisa estar consciente da sua tarefa e ter a prudência da serpente para não cair em erros e em enganos.
O Espírita tem a obrigação moral com a sua consciência de apagar do seu pensamento as suposições errôneas adquiridas em literaturas que se rotulam de espíritas mas que na verdade não são, porque objetivam confundir o trabalhador desatento. Paulo de Tarso já dizia “Tudo me é licito, mas nem tudo me convém”.
O livre arbítrio nos possibilita fazer um cem número de coisas, entretanto, chama-nos à responsabilidade de assumirmos o resultados das nossas realizações. “Ler Kardec, sentir Kardec” implica não apenas numa leitura periférica, factual e sim numa leitura profunda compreendendo a dimensão dos ensinamentos contidos na codificação.
Ler outras obras as quais se denominam espíritas, da mesma forma implica numa releitura constante analisando as afirmações contidas para que não venhamos nos confundir e conseqüentemente divulgarmos a Doutrina espírita de forma distorcida.
Os títulos acadêmicos, muito válidos com certeza, não dão ao homem a condição de anular os trabalhos realizados pelos missionários do bem.
Analisemos, pois, a nossa condição de aprendizes, pois se assumirmos esta condição, com certeza, iremos verificar que ultrapassados e retrógrados estão os nossos atavismos e a nossa condição de salvadores.
A atualidade do pensamento de Kardec é tão verdadeira como o ar que respiramos. Mas para assumirmos esta verdade temos que trocar a “toga do orgulho e da vaidade” pela vestimenta simples dos sábios que como Sócrates afirmava: “Só sei que nada sei” e continuarmos a nossa peregrinação de estudos compreendendo que toda “obra nova” que surja com o intuito de dividir e de anular precisa ser passada pelo Crivo da razão.
O homem nasceu para edificar e jamais para destruir.
Observemos o apostolo Paulo que demonstrando sua lealdade e sua firmeza de caráter, dizia: “Quem me separará do amor de Cristo?" E refletindo sobre as suas palavras lembremos que no mundo existe muitas religiões, mas se fizemos opção pela Doutrina Espírita, vamos ser fieis aos seus princípios.

quarta-feira, 25 de setembro de 2013

Empoeiramento da mente


                                                                              Maria Inês Machado

                A preocupação do indivíduo na conquista do bem-estar é uma realidade, porém, nem sempre os recursos utilizados são os mais indicados. Vejamos:

                Busca-se o bem-estar por meio do trabalho, o qual, entre outros benefícios, preenche  os espaços ociosos da mente. Louvável! Mas, quando exacerbado conduz ao esgotamento físico e mental. Na busca da solução para a problemática, o indivíduo recorda-se de um sonho e faz a opção para concretizá-lo: viajar.

                 Inicia-se, então, os preparativos para a viagem: roteiros, contatos, pertences pessoais selecionados, etc. É uma festa..., porém, no percurso da viagem, o sonho vai amarelando, as preocupações e as inquietações não pediram férias, acompanhando a mente durante o roteiro escolhido. E mesmo quando o panorama dos lugares são atraentes, os imãs das inquietações mentais predominam, e aquilo que foi planejado com tanto entusiasmo arrefece e o mal-estar parece retornar com mais força.

                Diante deste quadro, vem a interrogação e uma nova decisão: viagem para quê? “Condutora de gastos,  não diminui o cansaço, o mal-estar permaneceu e até um pouco mais acrescido.” Escolhe-se, então, outros recursos  causadores de prazer.

                São estabelecidas novas necessidades para a satisfação do ego, é  preciso  fugir das inquietações, do vazio existencial, dos aborrecimentos, enfim, dos conteúdos perturbadores. E assim os dias e as noites são preenchidas com os recursos selecionados e julgados oportunos para a equação do problema. Porém,  a cada gole do “líquido promissor”, a cada ação inconsequente, as energias deletérias aumentam, a mente fica mais atordoada e vai  acumulando mais poeira.  A tagarelice das falas inoportunas não conseguiram acalmar a mente conturbada, os ruídos da noite foram inoperantes e parece que aumentou o mal-estar.

                Face ao exposto, recordo de uma frase que certa vez ouvi de um amigo espiritual: “não adianta fugir de si mesmo, a mente quando encontra-se empoeirada, não há recursos externos, por mais atraentes que possam parecer, que irão equacionar a problemática. Usar o espanador da fuga é o mesmo que estar com sede e querer saciá-la com a água do mar.”

                Nesse sentido, acredita-se que a melhor solução para a conquista do bem-estar, da alegria de viver, não está fora do individuo. Dentro desta perspectiva, mister se faz discar os números dos telefones internos,  íntimos,  e ouvir  a voz da consciência. A decisão é a de ser feliz, driblando com maestria os recursos inoperantes, já utilizados por tantas existências. Urge, pois, lançar mão dos recursos libertadores. É dizer, refinar os sentimentos.

                Sabe-se que  o “lixo mental” não é reciclado por si só. É necessário, portanto, um processo de reciclagem, de transformação. Mas como fazer? Receitas são inoportunas. O bom senso sinaliza novos recursos que são eficazes na busca da libertação do ser.

                Entre eles, sugere-se um contato com a terapia do amor, cuja terapia é estabelecida através de um contrato de ensinamentos geradores de mudanças e de iluminação.  Este contato, o qual nos foi deixado por Jesus, o Psicólogo por excelência, conduz ao:

 

·         entendimento da razão da existência terrena (fundamental, pois a partir desse entendimento é que vem a programação do projeto de vida);

·         verificação do projeto de vida (os valores elencados como os mais importantes);

·         análise e escolha  das situações do cotidiano proporcionadoras do “amaciamento” do ego e/ou  daquelas que favorecem o construção do  ser real;

 

       Essa decisão é individual e intransferível. A vida é como um valioso álbum de fotografias, aquelas que foram amareladas pelo tempo não devem ser descartadas, porém,  é mais  saudável apenas observá-las, anotando as lições preciosas para não repetir os  equívocos. A prioridade, portanto, deve estar centrada nas páginas subsequentes, nas quais outras fotografias podem ser postas. Convém obedecer as regras de um novo processo, afinal, novas câmaras, com tecnologias mais avançadas surgiram, e elas vêm dando conta do quanto a vida pode ser fotografada de forma diferente.

        Que tal, portanto, iniciar uma nova sequência de fotografias, registradas com as câmaras da tolerância, da indulgência, entre outras, que expressam o brilho e a nitidez do amor.

        Conforme Joanna de Ângelis “o homem é o que acalenta no íntimo. Sua vida mental expressa-se na organização emocional e física, dando surgimento aos estados de equilíbrio como de desarmonia pelos quais se movimenta”.

       Nesse desiderato, desempoeirar a mente não pode restringir-se a buscas exteriores, estas, quando acalentadas, proporcionam euforia. Alegria, felicidade e bem-estar  encontram-se, entre outras, na libertação das imagens equivocadas a respeito da vida. Através do entendimento da razão, do sentindo da vida, os passos inicialmente tímidos vão se alargando, as interpretações das situações do cotidiano vão se  transformando e as necessidades reais do ser vão sobrepujando aquelas que apenas “amaciam o ego”.

       Jesus disse: “Faz a tua parte e o Céu te ajudará.” Ele, o sublime Psicólogo da vida, nos aguarda,  entregando em nossas mãos os recursos da sua terapia. Que tal adentrarmos no consultório do seu coração, deitarmos no divã dos seus ensinamentos, ouvindo a sonoridade da sua voz a nos convidar a realizar a catarse, liberando toda a poeira da mente que foram acumuladas por nossas invigilâncias?

        O contrato da terapia com Jesus é permeado pela suave sentença:   Vinde a mim todos vós que estais aflitos e sobrecarregados que eu vos aliviarei, tomai de mim o meu jugo que é suave e meu fardo que é leve e encontrareis repouso para as vossas almas.” Os horários são estabelecidos com flexibilidade, pois mesmo que sejamos relutantes, resistentes,  ao processo terapêutico, Ele não nos abandona, pois já afirmara que não queria a morte do pecador e sim a do pecado.  

       Mesmo que o processo terapêutico seja longo, a transformação, a cura com Ele é  inevitável, porque Ele também nos garantiu:  “Vós são luzes, podereis fazer o que eu faço e muito mais. Brilhe a vossa luz.”

       Vale a pena participar e se comprometer com a Terapia do Amor de Jesus. Jesus é a alegria dos homens, tudo mais não passa de euforia.

        

 

domingo, 12 de maio de 2013

Mãe: Criação Divina

  Por Maria Inês Machado
                                        
Deus, na Sua imensa bondade e grandeza, criou o Universo e tudo que nele existe.

A natureza canta e encanta com o murmúrio das águas, o gorjeio dos pássaros,a suavidade da brisa, o verde inconfundivel das matas, o colorido das flores, o perfume das rosas, o azul do céu, as cores do arco-íris, a sonoridade dos mares, o encanto das florestas.

E Deus criou um ser capaz de compreender a natureza humana e deu este tesouro ao rico e ao pobre.

Mãe, mulher que assume inúmeros papéis a depender da ocasião.

O dia para ela perde-se na infinidade do tempo, são situações diversas que lhe exigem o concurso amigo. É dotada de inúmeras qualidades, vivificando a caminhada dos nascidos da sua alma.

Enxuga as lágrimas do filho, que mesmo na idade adulta, abre o seu coração buscando consolação. Na suavidade das suas palavras, como sonoridade musical, adormece o ser querido na noite, após um dia árduo de trabalho. E com passos suaves, vai ao encontro do outro que queima em febre e reclama atenção.

Sem ser psicóloga, sabe escutar com paciência as queixas relatadas, amenizando os conflitos que surgem na rede das relações domesticas.

No lar escasso, representa a mão amiga que se desdobra em diversas ocupações, retornando com o pão e repartindo-o matematicamente, satisfazendo a todos.

Ah! As mães! Negra, branca, amarela, colorida, elas estão por toda parte, mudam de nome em cada país a depender do dialeto. Mas seja qual for a língua, a sonoridade do seu nome ecoa com amor na linguagem humana.

Existe um dia especial para as mães: segundo domingo de maio, quando convidamos todos para se unirem em oração por aquelas que sofrem no silêncio a perda física do filho amado, a ausência do que se encontra encarcerado, ressarcindo os erros cometidos contra a lei, pelo filho preso no leito dos hospitais com a doença que não vem a cura, pelas mães que vêem seus filhos adentrarem pelas substâncias químicas que entorpecem os sentidos e os conduzem à decadência social, física e espiritual, pelas que buscam a libertação na convivência com o companheiro difícil, qual cobrador incessante, ignorando a dignidade feminina, enfim, por todas as mães que incompreendidas e sofridas levantam as mãos aos céus e pedem misericórdia.

E neste eco encontram a maior de todas as mães, Maria a mãe do nosso amado Jesus, a linda flor que esparge na humanidade o aroma do seu amor. Ela que viu seu filho cair carregando uma cruz infame porque era justo e bom, deixando a lei do amor para todos os homens.

Oh Maria! Mãe excelsa, e de divina sabedoria, dai a força, a coragem e o bom ânimo a todas as mães que passam por provações. Inunda os seus corações com a suavidade do teu olhar dando-lhes a certeza do teu amor. Deixa-as enxugarem os seus prantos na tua veste divinal, cujas lágrimas são constantes, mas tu, ó mãe, tens o poder de estancá-las.

Desperta, nos seus corações, a fé ensinada por vosso filho Jesus, a esperança de dias mais amenos e a certeza de mãos que chegam para se unirem e encontrar soluções. Maria, mãe do nosso irmão e mestre maior Jesus, que é o caminho, a verdade e a vida para o nosso Pai de amor, Deus, na singeleza dos nossos sentimentos entregamos, em tuas mãos, a causa de todas as mães tendo a certeza que bênçãos de paz, luz, esperança e renovação inundarão os corações aflitos destas mães que sofrem.

No imaginário de cada uma ao vislumbrarem a tua figura inconfundível, acolhendo o teu filho amado na hora suprema, elas se vêem e se revestem de coragem e geram novas forças auridas da confiança em ti.

Abençoa, pois, Deus de amor, através da mãe querida de Jesus, neste dia e nos demais, a todas as mães do universo.

segunda-feira, 25 de fevereiro de 2013

DIREITO E ESPIRITISMO: UMA INTER-RELAÇÃO NECESSÁRIA PARA OS NOVOS TEMPOS


 

Nas últimas décadas, tem se tornado evidente a transformação em que passa o planeta. As “catástrofes” climáticas têm chamado atenção do mundo inteiro, concitando todos à solidariedade e à fraternidade, em relações horizontais de compaixão.

Questões éticas, ambientais, políticas e culturais de todo gênero têm sido repensadas pelas ciências as quais se apoiam num novo paradigma sociocultural – a pós-modernidade - que, apesar de todas as ambiguidades conceituais que carrega, imprime às ciências a necessidade fática e inarredável da superação do paradigma moderno, pautado no controle, na dominação e na exaltação da doutrina materialista, cujos maiores reflexos são encontrados, ontem, nas duas Guerras Mundiais[1][1], hoje nas tragédias climáticas e ambientais.

Este engajamento de uma nova ética humanística é fase específica da evolução da humanidade, preocupada com a reeducação pessoal, resultado de imperativo criado pelo próprio planeta que, também em transformação, não suporta mais os individualismos de todas as ordens, indicando, assim, a necessidade de transformações pautadas na ética da pluralidade e da tolerância[2][2].

O desenrolar destas mudanças reflete o progresso, o qual a Doutrina Espírita, ciência e filosofia com consequências morais[3][3], a tem por lei natural[4][4] e que indica a transição planetária, em que o planeta Terra deixa a condição de mundo de provas e expiações para se tornar um mundo regenerado, onde a alma encontra “calma e repouso e acaba por depurar-se (...)”[5][5] e, apesar de ainda sujeita às vicissitudes, é liberta das paixões desordenadas, da inveja, do orgulho e do ódio, resultado da evolução moral do homem.

Neste contexto, o Direito não está aquém desses movimentos conceituais. Ao revés, como regulador da vida social, vem adaptando-se à esta nova ética, de modo que as mudanças são operadas no sentido de afastar o positivismo formal e verticalizado de outrora para agregar uma axiologia preocupada com a pessoa humana, posta acima e no centro de todo o sistema jurídico.

Entrelaçando estes dois saberes, os espíritos superiores alertam à comunidade espírita ao labor, pois “são chegados os tempos”[6][6], relembrando que o Evangelho do Cristo não se reduz à “breviário para genuflexório. É roteiro imprescindível para a legislação e administração, para o serviço e para a obediência. O Cristo não estabelece linhas divisórias entre o templo e a oficina (...) todos os lugares, portanto, podem ser consagrados ao serviço divino”[7][7].

Assim, no intuito de colaborar com o progresso da humanidade, sobretudo em razão da necessidade urgente de o progresso moral acompanhar o progresso intelectual, do qual decorre, por meio da compreensão do “bem e do mal”, quando então poderá o homem melhor escolher suas ações[8][8], é que têm sido instituídas no Brasil diversas Associações Jurídico Espíritas – AJEs. Afinal, a humanidade até o presente já realizou incontestáveis progresso, e o Direito assim tem o feito, mas a inteligência humana ainda não alcançou o maior progresso o de “fazerem que entre si reinem a caridade a fraternidade, a solidariedade, que lhes assegurem o bem-estar moral”[9][9].

Em nível nacional foi instituída a AJE-Brasil, que tem por uma de suas missões incentivar a criação de AJE’s estaduais, as quais, por sua vez, visam congregar operadores do Direito espíritas em torno de uma causa comum: a difusão da ética espiritista no Direito, por meio do estudo e divulgação da Doutrina Espírita, fundada que é nas obras de Allan Kardec, mediante a análise e discussão de questões sócio-jurídicas e orientação aos centros espíritas. Como consequência, o intuito maior é “concomitantemente, como instrumento de divulgação dos ideais espíritas e de aprimoramento moral e espiritual dos operadores do direito, auxiliando-os no progresso individual. Com iniciativas voltadas para o bem, a AJE pretende incentivar a paz e a reforma íntima, as quais devem ter início no modo de agir do próprio associado, consigo mesmo e com a comunidade na qual está integrado, transformando-o, a partir de seu exercício profissional, em agente propulsor da transformação que se irradia a todo o tecido social, contribuindo, desta forma, para a humanização da Justiça”[10][10].

Pernambuco entra agora nesse contexto, iniciando os trabalhos de fundação da AJE-PE. Participe, pois o convite foi realizado, a charrua está à disposição do trabalhador, afinal, lembremo-nos de que fora da caridade não há salvação!

 

Érica Babini Machado – Doutorando em Direito Penal e Mestre pela UFPE. Professora Universitária. Advogada do Instituto de Assistência Social e Cidadania do Recife – IASC. Trabalhadora do Núcleo Espírita Investigadores da Luz – NEIL.

Gustavo Machado – Procurador do Município do Recife. Especiliasta em Direito Penal e Processo Penal. Pós-graduando em Direitos Humanos pela Universidade Católica de Pernambuco. Trabalhador do Núcleo Espírita Investigadores da Luz – NEIL.





 



[1][1] BAUMAN, Zygmunt. Modernidade e ambivalência. Rio de Janeiro: Zahar, 1999, p. 45.
[2][2] BOAVENURA, Sousa Santos de. Um discurso sobre as ciências. Porto: edições afrontamento, 1987,
p. 27
[3][3] O Espiritismo é uma doutrina filosófica de efeitos religiosos ... Não é uma religião constituída, visto
que não tem culto, nem rito, nem templos e que entre seus adeptos, nenhum recebeu o título de sacerdote ...”. KARDEC, Allan. Obras Póstumas. Rio de Janeiro: 2004, p. 260.
[4][4] É uma lei eterna e imutável como Deus e a única verdadeira para a felicidade do homem. KARDEC,
Allan. O Livro dos Espíritos. 86 ed. Questões 614 e 615. Rio de Janeiro: FEB, 2005, p. 343.
[5][5] KARDEC, Allan. O Evangelho Segundo o Espiritismo. 124 ed. Rio de Janeiro: FEB, 2004, p. 86.
 
[6][6] KARDEC, Allan. A Gênese. 50 ed. Rio de Janeiro: FEB, 2006, cap. XVIII.
[7][7] Emmanuel (Espírito). Caminho, Verdade e Vida; [psicografado por] Francisco Cândido Xavier. 26 ed. Rio de Janeiro: FEB, 2006, p. 15
[8][8] KARDEC, Allan. O Livro dos Espíritos. 86 ed. Questão 780. Rio de Janeiro: FEB, 2005, p. 343.
[9][9] KARDEC, Allan. A Gênese. 50 ed. Rio de Janeiro: FEB, 2005, p. 460.
[10][10] AJE-Brasil. Cartilha de orientação para fundação de AJE’s Estaduais. Disponível em http://www.ajebrasil.org.br/ajebrasil/
 

sábado, 23 de fevereiro de 2013

Encontro com a vida

Nas coisas simples,ouço a sinfonia de Deus
Abro a janela do meu quarto e não percebo o asfalto escuro.
Vejo os pássaros nas árvores, que brincam com o amanhecer,
entoando cantos que suavizam a alma.
Logo mais, me encontro com o mar,e em passos lentos, molho os meus pés nas ondas que beijam a areia.

Uma alegria ímpar invade o meu ser...
 Sinto os raios luminosos que despertam para um novo dia,
 percebo as folhas dos coqueiros que balançam,
tal qual maestro na regência mágica e misteriosa,
 de um bando de pombas que se deslocam da areia,
num voo sincronizado, brincando com as alturas...

O perfume da manhã é um convite a permanecer por todo o dia
Para tanto, vou vedando todos os frascos dos líquidos tóxicos:
do desânimo, da negligência, entre tantos que possam surgir no cotidiano.
 É assim o “Encontro com a vida” , o “Encontro com Deus”.

                                                            Por Maria Inês Machado