Este blog tem como objetivo divulgar textos, poemas, poesias, dinâmicas de grupo, peças de teatro, músicas, videos, entre outros.
Navegue por este blog, é um convite do coração
e se você gostar seja um seguidor. Grata pela sua visita






segunda-feira, 6 de setembro de 2010

Caridade para com esses outros... (Continue lendo...)

(...)grande multidão buscava-lhe os fraternos serviços.Eram velhinhos desolados à cata de uma palavra consoladora e amiga,mulheres das povoações mais próximas, que lhe traziam os filhinhos enfermos, sem falar das muitas pessoas em busca de lenitivo espiritual para os dissabores da vida...
A medida que as cercanias do mosteiro se enchiam de viaturas, seu vulto franzino e melancólico desdobravam-se em esforços inauditos para consolar e esclarecer a todos.
De vez em quando, um acesso de tosse sobrevinha, provocando a piedade alheia;ela, porém, transformando a sua fragilidade em energia espiritual inquebrantável, parecia não sentir o aniquilamento do corpo, de modo a manter sempre acessa a luz da sua missão de caridade e de amor...
( do livro 50 Anos Depois, paginas 306;307)

Deus, na sua imensa bondade, em todas as épocas, envia à Terra “Semeadores de Estrelas” para que os homens compreendam a vivência das Suas Leis, no mais amplo aspecto.
Assim sendo, os Seareiros do Senhor, vestindo a toga da humildade, disseminam as sementes do Evangelho em todos os recantos do Planeta, levantando os caídos, libertando obsedados e confortando corações aflitos.
Os seus horários são definidos pela própria multidão que os acompanham, pois, enquanto há uma fila de pessoas para serem atendidas, estes não se retiram dos seus postos até que o último irmão receba o pão espiritual das suas palavras confortadoras.
As horas de descanso são, na maioria das vezes, substituídas pelo repouso do coração dilacerado do desvalido, que sai mais confiante após o lenitivo recebido.
Sabe-se que estes missionários, como o próprio Cristo, muitas vezes não são compreendidos. Porém, mesmo assim, continuam no plano espiritual a velar pela humanidade que, muitas vezes, deu-lhes, como retorno, a cicuta amarga, a qual eles transformam em seiva de vida que purifica e liberta o espírito, levando-os a condição de anjos tutelares.
Estes Semeadores de Luz, quando reencarnam aqui na Terra, não escolhem para renascer em palácios luxuosos, em mansões ou em apartamentos de luxo. Renascem na humildade das profissões dos pais, nas singelezas das casas de tijolos aparentes e, quando pela necessidade, aportam em palácios, renunciam ao luxo como fez Francisco de Assis e tantos outros que a historia da humanidade nos dá noticia.
Eles substituem a família consangüínea pela família universal. A dor do seu semelhante é a sua dor. E, assim, com as mãos envolvidas pela dádiva do trabalho, distribuem as bênçãos que curam, o alimento que sacia a fome e o agasalho da palavra que conforta, , consola, mas, também, que educa.
São verdadeiros estafetas de Deus, nem sempre compreendidos, nem mesmo pelos que se dizem adeptos da religião que professam. Muitos os chamam de excêntricos; outros de orgulhosos, quando não atendem de imediato as suas pretensões; outros de elitistas, porque só atendem “aos ricos”; enfim, estes são alguns epítetos usados pela incompreensão humana.
Quando atendem as solicitações são aplaudidos. Quando assim não o fazem, pelo compromisso maior com a humanidade, e não com o orgulho das comunidades restritas, são envolvidos pela saga do egoísmo desmedido por não atenderem as solicitações festivas de qual ou tal Instituição Espírita. Esquecemos, todavia, que o maior aniversário e a maior comemoração é a prática diária da tolerância e da caridade.
Não podemos avançar, no processo de renovação das nossas consciências, se não tivermos como salvo conduto para nossos irmãos que carregam tão alta responsabilidade a caridade.
Devemos ter a caridade de compreende-los nas suas limitações orgânicas, pois eles, assim como todos nós, necessitam recompor suas forças para continuarem as suas peregrinações e levarem a palavra de Jesus, os ensinamentos da Doutrina Consoladora aos recantos mais distantes, extrapolando as fronteiras do nosso país.
O Brasil, recebeu do espírito Humberto de Campos o titulo de “Coração do Mundo, Pátria do Evangelho”. Este título por si só, e por tudo que vem sendo realizado pelo movimenta espírita, já lhe dá a maioridade de poder caminhar ajudando os países de outros continentes que estão iniciando os passos na Doutrina Espírita. Assim, merecem dos “Peregrinos do Senhor” uma atenção especial. Isto não implica dizer que estes Peregrinos estão nos abandonando, muito pelo contrário, se formos contabilizar, na ampulheta do tempo, iremos verificar que, na marcha ascensional das nossas casas Espíritas, estes missionários estiveram presentes, amparando-nos, incentivando-nos e que continuam-nos dando assistência, através da imensa literatura advinda pela benção da psicografia. Sendo assim, a ajuda permanece. Talvez, nós é que não estamos reconhecendo, pois fomos sempre acostumados a sermos senhores e não servos. E, como tal, um pedido nosso, ainda, ecoa, nas nossas consciências pretéritas, como uma ordem.

Já está na hora de compreendermos melhor o papel dos “Tarefeiros de Jesus” junto à humanidade e não querermos restringi-los aos nossos círculos domésticos.

Sabemos que, como trabalhadores de Jesus, eles estão sempre prontos a servir. Mas sabemos, também, que a caridade é força transformadora, e, assim, ela deve se iniciar no nosso coração. É imprescindível, então, que a materializemos na compreensão, respeitando as limitações dos nossos companheiros, sem exigir-lhes esforços sobre-humanos.

Sendo assim, amigos, vamos trocar de vestimenta, a de Senhor para Servo, a de cobrador para facilitador. Quando assim fizermos, venceremos um pouco mais o egoísmo, tornando-nos menos inquietos e menos ansiosos. Aprenderemos, também, a compreender melhor o trabalho edificante dos “Semeadores de Estrelas”. Se assim procedermos ficará mais fácil a compreensão de que, muitas vezes, os “Nãos” são os “Sins” .
Olhemos para esses Trovadores do Universo, que caminham com a vestimenta de servos, buscando, sempre, servir sem distinção de raça, condição social ou econômica, e demos a eles o direito de descansarem os pés nas sandálias da nossa tolerância, solidariedade e compreensão.

                                            Maria Inês  Machado

Nenhum comentário:

Postar um comentário