Este blog tem como objetivo divulgar textos, poemas, poesias, dinâmicas de grupo, peças de teatro, músicas, videos, entre outros.
Navegue por este blog, é um convite do coração
e se você gostar seja um seguidor. Grata pela sua visita






segunda-feira, 6 de setembro de 2010

Educação: Nobreza de Sentimentos ( Continue lendo...)

Quando o homem compreender que a verdadeira Educação implica cultivar a nobreza dos sentimentos, o mundo será bem diferente. O detentor do poder não humilhará o seu semelhante porque terá como divisa a fraternidade e a solidariedade. O forte sustentará o fraco, não minando as suas forças, mas oferecendo o ombro amigo. As lágrimas dos oprimidos serão enxugadas, não na humilhação da mão estendida, mas no acolhimento de outras mãos que se unem.
O homem não é um monstro que, por onde passa, deixa destruição e dor. Ele é destinado à perfeição e, como tal, na sua marcha evolutiva, caminha nessa direção, acreditando no seu semelhante, entendendo que é uma centelha divina vinda das mãos do Criador e para ele um dia irá retornar.
Compete aos educadores despertarem nas crianças e nos jovens as sementes dos sentimentos elevados, que estão latentes dentro dos seus corações, e deixarem que elas floresçam. Para tanto, torna-se necessária à libertação do homem velho que está dentro de cada um e o surgimento do homem novo.
A mudança de velhos paradigmas não é tão fácil. O orgulho e a vaidade petrificam os sentimentos e impedem que eles floresçam. Num mundo globalizado, no qual predomina o individualismo, o hedonismo e o narcisismo, a “aparente” ausência de sentimentos é sinônimo de competência. O homem tem medo de mostrar-se, de vivenciar as suas emoções.
Os crimes hediondos, a ausência de paz nos lares, a irritação fácil, as doenças degenerativas, o esfacelamento das famílias, entre outros fatos que caracterizam a sociedade atual, sinalizam que não há mais espaço para uma educação voltada para o individualismo, porque são sintomas de uma sociedade falida que precisa de mudanças nas suas bases.
O Espiritismo como doutrina reencarnacionista, nos lega conhecimentos consistentes para o processo renovador da sociedade. Através da multiplicidade das vidas, nós temos o conhecimento que todos somos espíritos milenares, os quais trazemos guardados em nosso ser tendências, mazelas e qualidades de sucessivas vidas. Até muito tempo a criança foi vista por muitos educadores como um vaso vazio, que deve ser preenchido de conhecimentos novos. Com Kardec e a Codificação , porém, essa visão mudou. No Livro dos Espíritos, na pergunta 379, os espíritos nos mostram que as crianças podem ser mais evoluídas que os adultos, se mais progrediram, não são senão os órgãos imperfeitos que as impendem de se manifestarem. Na pergunta 385, nos mostra que a inocência da criança nem sempre é uma superioridade real, mas como falou Jesus como todos deveriam se assemelhar, pois essa inocência , na maioria das vezes, só é conseguida devido ao esquecimento das suas tendências pelo espírito. Essa inocência é uma providência Divina, de forma a ajudar os pais na tarefa de reeducação e os filhos na tarefa de evolução. Na adolescência , contudo, o espírito começa a se lembrar do que era e começa a mudar o seu caráter de até então, recebendo muita influência da reeducação que recebeu durante a infância.

Sabendo disso o educador tem novas ferramentas nas mãos. Ora, se é na infância que o espírito se encontra em fase de semi-inconsciência , de esquecimento de suas tendências milenares, é nessa fase, também, que ele fica mais acessível a novos ensinamentos. È na infância, pois, o melhor período de se reeducar o ser. E é essa a principal finalidade de o espírito nascer criança outra vez, a de ser reeducado novamente.
Segundo a Doutora em Educação, pela Universidade de São Paulo, Dora Incontri, em seu livro A Educação segundo o Espiritismo, “educação é toda influência exercida por um Espírito sobre outro, no sentido de despertar um processo de evolução. Educar é , pois, elevar, estimular a busca da perfeição, despertar a consciência, facilitar o progresso integral do ser. E esse conceito de educação confunde-se com a sua própria finalidade. E esta está em perfeita consonância com a finalidade da vida universal. Tudo evolui para a perfeição.” Poderemos ampliar, ainda mais, esse conceito em seu livro A Educação da Nova Era, “Para que haja Educação no verdadeiro sentido termo, impõe-se antes de mais nada duas premissas básicas: amor e auto-educação. Amar para educar e auto-educar-se para amar.Ninguém pode aperfeiçoar, se não procura cultivar em si mesmo a obra da evolução.”
Precisamos pois,abandonarmos a toga do preconceito, do medo de falar em Deus no lar, nas escolas, enfim, em todos os lugares onde a sua ausência é sentida e vivenciada.
Explicar as nossas crianças, aos nossos adolescentes que Deus existe e que está presente na vida humana é sinônimo de coragem, de autoridade moral. Apagar das suas mentes a idéia de um Deus punitivo, que castiga, e falar do Deus de amor e justiça, de perdão que dá oportunidade ao homem de reconciliar-se com os seus desafetos do passado e do presente.
As crianças e os jovens são portadores de mentes abertas para a educação que eleva, constrói e liberta. Para tanto é necessário que os educadores acreditem na educação do espírito, no poder da renovação de sentimentos, na implantação de novos paradigmas. Acreditem no semelhante e, acima de tudo, numa educação renovadora, embasada nos postulados das modernas teorias pedagógicas e psicológicas, mas, também, na pedagogia do MESTRE dos mestres, JESUS, sinônimo de renovação em todas as áreas do comportamento humano.

                                                             Maria Inês Machado

Nenhum comentário:

Postar um comentário