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segunda-feira, 20 de setembro de 2010

Inclusão Social:Compromisso do Cristão e do Homem de Bem ( Continue lendo...)

Maria Inês  Machado  
O dia amanhece convidando todos os habitantes da Terra a participarem da vida a qual se renova com promessas de dias melhores, construídos a partir da renovação de idéias, de atitudes solidárias... enfim, do compromisso do homem  com o seu  semelhante, na promoção da dignidade, da justiça e da paz.
Mas o mundo tem pressa e as pessoas correm na ânsia desmedida de ganharem dinheiro para adquirir bens materiais, na suposta ilusão de assim preencherem o vazio deixado pelas mãos inoperantes da prática do bem, na omissão cômoda os quais são fieis condutores  da  existência atual.
A sociedade contemporânea, marcada pelo consumismo,hedonismo e narcisismo convida os seus integrantes aos shoppings, aos restaurantes de iguarias variadas, às concessionárias as quais estão repletas de carros, do mais simples ao último modelo, entre outros atrativos; ao prazer das relações imediatas e descartáveis e ao enquadramento dos “padrões de beleza” elegidos pela insanidade.
Neste contexto, o homem tem medo de mostrar-se, de vivenciar emoções edificantes, vez que isto é sinônimo de fraqueza.  Assim, nesta corrida desenfreada, ele busca “Ter” esquecendo que “Ser” é mais saudável e necessário para ampliar a visão do mundo onde se encontram os excluídos, os chamados “Deserdados da sorte”.
Será que são realmente “deserdados da sorte”? Talvez outra expressão definiria melhor : “Os esquecidos, deixados à margem da sociedade pelo egoísmo do homem.”
O mundo precisa compreender que o momento não é mais de ações paliativas e sim de atitudes mais consistentes, permanentes.
Jesus quando aqui esteve deixou-nos um legado significativo: o seu Evangelho. Ele acredita e confia na renovação do ser humano, a partir da observação dos seus ensinamentos.
 Ele acolheu a todos, escreveu na areia as faltas dos presunçosos quando queriam apedrejar a mulher adúltera. Escolheu para seus discípulos homens simples, do povo. Quando inquirido pelo doutor da lei que desejava saber o “que é preciso fazer para possuir a vida eterna”  Ele relembra o que está mesmo escrito na lei:  “Amarás o Senhor teu Deus de todo o coração e a teu próximo como a ti mesmo”. Ainda respondendo a indagação do doutor da lei: “E quem é o meu próximo?” Ele relata a parábola do Bom Samaritano : “Um homem sem nenhuma identificação de raça, nacionalidade ou condição social, é ferido e assaltado por ladrões que o deixam caído na estrada em estado de extrema necessidade. Passam por lá um  sacerdote, um levita e um samaritano, mas somente o samaritano o assiste em suas necessidades”. O doutor da lei conclui que o próximo daquele homem  foi o que agiu com misericórdia para com ele. E Jesus acrescenta: “ Então vai e faze o mesmo”.
Estamos vivenciando um novo tempo. E o que precisamos implementar para materializar esta nova era? Elaborar modelos de sistemas econômicos, políticos sofisticados? Avançar mais nas conquistas tecnológicas?
O panorama atual demonstra que o homem avançou consideravelmente nessas conquistas materiais, em detrimento da sua evolução moral que caminhou lentamente.
Urge, portanto, um novo olhar, um fazer diferente. É preciso compreender que o egoísmo, “esta chaga da humanidade”, precisa ser abolida da Terra, e isso só será possível quando o homem compreender o processo de educação voltado para o aspecto mais profundo do ser, com a lapidação do espírito, conduzindo o homem à humanização, à compreensão de si mesmo e  do seu próximo no seu mais amplo aspecto.
Dentro desta perspectiva, não há mais espaço para a comodidade do individualismo, do conformismo, atribuindo à sorte e aos outros fatores utópicos as mazelas provocadas pelo próprio homem que numa luta desigual contribui para ofuscar o seu irmão, iludindo-o com a idéia de que o sistema econômico e social vigente oferece igualdade de oportunidades  para todos.
O tempo é hoje. “Quem sabe faz a hora não espera acontecer”. Os nossos irmãos excluídos convocam a sociedade, gritam por justiça no silêncio dos seus corações. Expressam no olhar, nos gestos a certeza das suas convicções bem estruturadas, grafando  na bandeira que ostentam, construída pelo sofrimento da discriminação, palavras que só vêem os que têm “olhos de ver”. Bradam  pela  inclusão numa sociedade que lhes pertencem, por uma vida digna, mas  só escutam este grito os que têm “ouvidos de ouvir”. Enfim, nas suas lutas de guerreiros, “aparentemente derrotados”, esperam uma leitura diferente de todos os que se dizem cristãos, independente da religião que professam, para que, unidos  lutem por uma sociedade mais justa, mais fraterna e mais solidária.
A inclusão social é, portanto, compromisso de todos que levantam mais alto a bandeira da fé, articulada com as ações,independente do credo, pois, como dizia Paulo, o Apóstolo: “A fé sem obras é morta”.
                     
 

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